MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

cumstancias, participen! igualmente dos encargos
da sua manutention segundo as suas possi-
bilídades; e esse mesmo principio é inleiramen-
te conforme aos §§. 14, 2i , e 23 do artigo 145
da abençoada Carta Constitucionai, outori^ada
pelo Augusto Restaurador desta Monarchia.
Ora, se na origem da Sociedade politica de que
se trata, se procurasse o melhor modo de cada
um dos seus membros fìntar-se com uma prestaçâo
dos seus teres para manter o bem com*
mum da sua associaçHO, semddvida se escoihe-
ria por melhor oque, sendo mais suave, sortisse
o mesmo efleito; mas se, alem de mais suave
, sortisse ainda melhor effeito , seria ainda
melhor a escolha , escolha para cujo acertó of-
fereço as seguintes observaçôes.
A muUiplicidade de impostos , diz Filandieri,
Cap. 29, e Liv. 2.® sobre as Leis Polit. Eco-
nom., a mulliplicidade de impostos e'u m Jìaqello
para o p o v o , e para o Soberano ; para o povo ,
porque pagfi de cern modos um a somma , cuja
prestaçâo fella de um sò llie pouparia todos os vexâmes
que destroem a sua libcrdade, e causao a sua
m iseria; e para o Soberano, pelo muito que perde
do muito que poderia ganhar nas despezas da
sua exacçâo , e nos desperdicios da sua m onta.
S â o , por assim d ize r, taes impostas no Corpo politico
, N. B. , corno seriào as sangrias no corpo
hum ano, cujas picadas, feilas em ioo partes dos
seus m em bros, com enfraqutce-lo m u ila m a is, da-
riào muito menos sangue do que sahiria de um a
incisào opportunamente fe tta em um a das suas
veias.
E ’ porém muito para advertir que oque ternaria
de mais forte mais fraco um ou outro cor*
po DO vigor das suas forças , e reduziria a um