MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

pulso da sua hondade , ou por sorpreza da sua
boa fé; e assim, por um ou outro modo, quasl
todo o seu Reino se aohou repartido por Donatarios
escapando pouco aos últimos, Seculares,
do que escapára aos primeiros, Eeclesiasticos.
Porém, se essa ionga profusSo dedoaçôes terriloriaes,
muito prejudicou á Coróa, eao Estado,
pelos incdlculaveis rendimentos que Ihes tirou,
muito mais projiidicou aos Povos, pelos intole-
raveis gravames que Ihes accrescentou , cuja
prova , bem adiantada no presente Capitulo ,
concluirei no seguinte.
c a p i t u l o V.
JE^m que se conlinúa a materia antecedente, com
nova relevancia das suas provas.
A LGLNS Escritores dos nossos dias , como o
Auctor da citada M em oria para a H istoria da
Agricultura de Portugal ^ referindo se boamente
apias tradÍQ^es Monachaes, ou a Chronicas adu-
latorias , tem pretendido que as mencionadas
doa^oes tioh/to produzido, no principio da Mo-
t a l m odo apertárao todos a C idade , uns por m a r , outros por terr
a , cjue a le n d é rjo em cinco mezes de cerco, a 25 d e O u tu b ro de
I 1&8 ; sobre o q u e , querendo o vencerior repartir os m uitos despojos
de)la pelos sftusatrxiliadóres, oreciisárSo bizarrai'nente; m as
nSo se deixando o offerertte exceder em b río , brindou uns com ricos
presente!?, proveo a.to d o s de abundantes refrescos; e aos que
acceitárSo ficar no- P a iz . fez am pfas doa9oss de té rra s, das quaes,
se diz , coubérSo A lm ad a , e V iila F r a n c a á in g le z e s , q u e se n a o
d eclaiao; e A z a m b u ja , A rru d a , L o u rin h a , V illa V e rd e, a uns
ChiW e Roiim , £). Lifcerche, D. I .i g e l , e otitros Francezes. '