MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

j> gem do producto bruto, que a cuUura tives-
» se ahi este semblante de vida, que anriuncia
» a abastança geral. Estava pelo contrario co-
îj rao maniatada, e incapaz do menor desenvol-
)j vimento. Nao é necessario metter se em lon-
» gos cálculos para convencer-se deque o Dizi-
» roe em especie ha de tender sempre á de-
I» gradaçiïo das térras. A rcgfneraçiïo , e os
)> progressos da agricultura ingleza sao certa-
» mente devidos a que uma parte do Reino é
isenta de pagar Dizimos , e nas partes onde
nSo ha esta isençSo , lem quasi todos os di-
» zimadores acceitado uma composiçSo razoa-
» vel, ft muilo menos onerosa aos cultivadores.
Os Dizimes fazem talvez mais estrago eiii
Portugal, (I) e díio menos proveito do que em ou*
ira qualquer parte da Europa , pela diversidade
da Eua imposiçfïo, pola variedade da sua appli*
caçîio, e pela forma da soa cobrança. Quanto
á diversidivde da sua imposi(^2LO , é tal a diíTe-
rença do eííectivo ao signiíÍcütivo da sua laxa
que chega de uma quinta a uma sexagésima
parte dos fructos sujeitos á sua exacçao, sendo
do primeiro termo os que se exigem em cortos
Dislrictos para certas Commendas de Malta, e
do ultimo os regulados pela constituiçiïo do Ar-
cebispo Primaz de Braga , mencionada á pag,
JOO do 1.* Tomo da minha Obra = l^ozes dos
heaes Porluguczes, e havendo entre estes extremos
muitos intermedios variaveis ilesde o,^ »nais
ordinario , até o ¿ ¿ , e mesmo o mais raros,
oomo declara iVlanoel d’Almeida de Sousa , o
(1 ) J á íin h a redigiJo n m ateria destfe C apitu lo , quando vi o
P ecreto du sua abol.çâo, e j’or i'so accresceiitei a J ia n te , n o C a p .
XXJ. u in a nota sobre isso , que terla aqoi lido m elhor cabi*
rnento.
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