MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

Portugal, epara quem foi mais generoso (í) ora
á chamada Freiría de Evora , hoje Ordem de
A vís , e a outras varias Communidades Seculares
e Regulares. Seguio depois as mesmas pisadas
seu filho e successor, O. Sancho I.*. e ainda
depois desíe Rei, bpu filho e successor, O.
Afl’onso II, que foi quem doou o sitio de Avis
á dita Freiría de Evora, com a costumada con-
diçâo de povoar e cultivar'^ mas que conhecendo
jcá o erro de laes pOvoaçoes e culturas por taes
Corporaç()es , pois que nellas ficavao todas as
vanlagens, em quanio os Seculares se achaváo
rcduzidos á triste condi^áo de puros jornaleiros,
prohibio que de lá em diante os Mosteiros e
Jíjréjas podessem conservar e adquirir bens de raíz
m ais que os que se juhjassem bastantes para sa-
tisfüçâo dos anniversarios dosdefuntos ; cuja Lei,
feita sem data, nas Córtes de Coirabra, reno-
vou o Senhor Rei D. Diniz por outra de 21 de
Março de 1 3 2 9 , em que, pelos mesmos motivos,
prohibio aos Regulares o adquirirem , ou herda-
rem mais bens de rais do que os que j d possuiao
de patrim oiiio, como refere o Auctor da IVlemo-
ria para a Historia da Agricultura em Portugal^
inserida no 2 * Tomo da citada Collecçâo, publicada
pela Academia Rea! dasSciencias. Mas
nem estas e outras muitas Leis , chamadas de
amortisacao, que se promulgárSo áquelle respei-
( 1 ) A lguns Chronistas d ’A lcobaça, referindo-se a D iiarleN u -
tics d e L e a o , e o u tro s, tem fallado d e u m voto feifo pelo Senhor
I>, Aílonso H enriques , indo á conquista d s Santarem , em virtù-
d£ do q u a l, sobre a sua to m ada deísta V illa , aqnelle Rei doaria
ao seu Mosteiro tudo o que se avistava desde a S erra d’A lbardos
até o m ar ; m as JoSo Pedro R ibeiro destroe inteiram sote os fundam
entos desta votiva d o a ça o , á p a g . 7 d a C issertaçâo que men*
cionarei adiante.
L 2