MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

declarar mais abaixo os ñns que se propozera
no arranjo das suas idéas, confessava ingenuamente
que >i longe de lisongear-se de haver
» conseguido uma parte dos fins em vista, e!le
cria, pelo contrario, que apenas nao teria de
» tudo perdido o fruto do seu zelo , e traba-
Iho. >f
O que porém torna ainda mais difllcU a soluçâo
da questäo é que , nos varios resumos de
impostos deque forma seu dito orí^amento, nao
se póde, entre os que chama directos , distinguir
e conceiluar os que verdadeiramente pertencem
Á contribuiça© territorial, quaes säo os
dizimos de toda e qualquer especie ; os subsidios
iitterarios ; os outavos e jugadas ; certas
prestaçôes a certo»' alinoxarifados ; as decimas
lançadas nos predios rusticos, e mesmo em grande
parte as sisas de derrama, fintas , etc. pelas
muitas terras em que , nSo havendo industria,
iiem commercio que odém , é forçoso que
a agricultura o pague. Sendo-me com tudo necessario
tomar um rumo para chegar ao mesmo
tim , e näo achando melhor direcçâo para mais
segUTo éxito, supprirei por conjecturas e infor-
maçôes, ou combinaçoes provaveis o que faltar
de elementos certos para meus cálculos , cujo
resultado tanto menos poderá ser argüido de
erroneo, quanto menos seja possivel rectifica-lo.
Segundo o orçamento do referido Ministro,
constante do seu resumo A = chegáo
as decimas de todo o Reino, confundidas as das
propriedades coni as dos maneios, juros e ordenados
ao auge de 1.Í28.289.500 réis ; mas segundo
as melhores averiguaçôes que eu pude
lazer das suas especies , pelas fontes dos seus
productos, mal póde reputarte urna terça parte