MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

Henrique, ao principiar a Monarchia Portugueza,
tinha principiado a doar com mâo larga aos
principaes Francezes que o acumpanhàrâo, com
mao armada, a tomar posse dos seus novos dominios;
e o Senhor Rei D. AíToniío Hetiriques,
pelos mesmos motivos da sua generosa gratidâo
aos 8eus assignalacios serviços , fez ainda maio-
res JiberalidaHes aos mesmos estrangeiros , cru-
sados coni Inglezes e Aliemaes, cuja poderosa
Armada, no seu transito para a Terra Santa,
tanto o auxiiiou na famosa tomada de Lisboa.
( 1 ) Todos OS mais seus Augustos successores,
em quanto tiverào qua dar, derSo , ou por im-
( 1) E litre as varias relaçÔ^s, que deste grande acontecim ento
se achào nas M em orias a n tig a s, m e cingirai á mais verosím il do
CUroniiita D u arte N unes de L e l o , cujo sum m ario é o segiiinte.
= A rdendo o Senhor D . Affon«) H e n n q u e s, depois da tom ada de
S antarem (d ella fallarei aTliante) de puxar as suas conquistas até
ás costas do m ar, inciuindo neltas esta C a p ita l, proseguía o seu
intento com senhorear-se dos seus arredores, a fim de encartar os
recursos dos inim igos de quanto e'^tendesse osseus. T inha já inves*
tido e tom ado o Castello de C intra , quando pondo*se uní d ia a
observar dahi o m a r , divisou im provisam ente u m a poderosa Arm
ad a de J 50 v é ia s. que dem andava- a terra ; de cu jo aspecto m uito
m ara v ilh a d o , m andoucuidadosauiente f^aher o q u e e r a , e a q u e
viiiha. R ecebendo a in lo n u a ^ lo de que e rlo uns H mil hom ens
de forças com binadas d ’A llem anha , de França , e d 'liig late rra
que , debaixo das ins’^n ias de C ru zad o s, ilo á Conqui