MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

medida de p a o , etc. E qual nSo seria a penuria
da sua agricultura, a grosseria das suas artes,
a nullidade do seu commercio, com tal miseria
da 8ua estatistica !
He verdade que a cada passo os ditos Povos
se achavao distrahidos , ou iiikpedidos dos seus
trabalhos ordinarios pelas inquietai,oes , correrías.
ou incurs3es dos JVlouros, ou dos mesmos
Chriátaos que , nas desavenças particulares dos
sens Reguíos, nao se poupavao mais entre si;
(l) mas tudo isso era aínda eíTeito da nipsina
causa. As gentes d’RlIíei uniílo-se as dos Condes,
0 outros Senhores territoriaes, ou comba-
tiao separadamente, segundo as disposiçdes dos
seus chefes, ou occurrencias doscasos. Porém,
náo havendo entre elles tropas regulareí, o po*
der da sua força nâo era ajudado do da sua disciplina,
nem o seu valor do do seu patriotismo,
pelo pouco que inieressavào na conservaçao do
que defendiao; motivos porque tao raras eriîo as
decisoes das suas batalhas campaes , e lâo fréquentes
as renovaçoes dos seus acomettiinentos
liostis.
Uma nova época, urna época mais brilhantô
assignala os fastos da Historia peninsular no en-
cerramento do Seculo Xf. Alfonso V i, o bravo
Alfonso, Rei de Castella e de Leao, depois de
vencer os seus rivaes, e paciíicar os seus Estados,
pelo valor do seu braço, e o auxilio de tres
Principes Francezes que, com alguina tropa , Ihe
mandcíra seu parente, Fiiippe 1, Reí de Fran-
( 1) N a época d a fiin d a ç ito da M oiiarcliia P o rtu g u e z a , h avia
m uís delO O annos, que por r i v a l id a d e s , ou disputas desuccessoes,
erao quasi incessantes entre Principes Christâos , que nâo poucas
vezes d ieg ârâo a p edir, e d a r auxilio aos M o u t o s uns contra ou-
tros.
Tom . T. L