MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

sâo tîlo singulares que» nâo podendo referi-las
miudamente , pela 8oa ex.teiJS3o , nâo saberîa
como oniitti-las inteiramente no seu sommario,-
pelo seu interesse.
Achando-se sua dita mài com seu dito pài
na Picardia, onde tinha ido tomar o cortinians
do de um exercito contra Carlos V , seu avó,
Henrique d’Albret, que muito amava a sua fi-«
Iha, sabendo da sua avançada prenhez, a man-
dou chamar junto á sua pessoa, pelo grande de-
sejo que tinha de tomar a seu cuidado o feiÍÉ-
parto , e boa conservaçâo da sua tenra prole,«
que um secreto presentimento Ihe fazia dizer
« havia de vinga-io das injurias que receberal
jí da Hespanha « (alludia á usurpaçao que est»
Potencia ihe tinha feito da alta Navarra , que^
perlencra ao seu Keino do mesmo nome). A co**
rajosa Princeza nao hesitou um instante pel®
melindroso estado em que se achava ; despedio-se
do seu marido , atravessou em poucos dias a
França, e che^ou a Pau a 4 de Dezembro. ’
Tinha jáEiKei seu pai feito eeu testamento
e a filha grande desejo de o ver, por ter ouvido
que ihe nao era tâo favoravel como podéra esperar,
mas desejo de que a sua delicadeza ihe
nao permittia abrir-se : vindo porém o pai a dea-*
cobrir Iho , prometteo Ratisfazer-lho , moatrando-
Ihe odilo testamento logo que ella Ihe mostrasse
lambem o que trazia no seu seiü, todavia com
a celebre condiçâo de que no acto do seu parto
cantasse uma cantiga ?5para IhenSo fazer, dizia
elle, um tiiho chorao, nem carantonha » A Prin^
ceza Iho prometteo , e teve tal animo que , a
ppzar das grandes dores que passava, cumprio
a sua palavra. cantando-lhe a tal cantiga na sua
lingua Bearneza, no momento em que sentio a
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