MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU
MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU
MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
em que tratavao como enfertneiros , e curavao<br />
como medicos os pobres doentes , nSo só dos<br />
seus coutos, mas de todo o Reino, (pag. 46)<br />
Estas graciosas asserçoes poderiâo desmen-<br />
íir-se só por graciosas negaçdes.; mas para juntar<br />
mais algumas provas ás que JK dei da insub-<br />
sistencia dos seus fundamentos , as tirarei das<br />
proprias palavras do Chronista, pag. 13 da sua<br />
Obra , onde diz que , conjeclurnr gue naquelks<br />
affortuiiados tempos hasíaria nomear qualquer M on-<br />
je para se fic a r enlcndendo que era um varao se~<br />
guidar do cuminho cslreüo ^ cíe. , induziria no pe^<br />
rigo de se dar lauvores de soniidade a este , ou<br />
aquelle que os náo merecessem , de cujas excep-<br />
çôes apontarido alguns casos , em que nao era<br />
de esperar^se alargasse tanto , os desculpa, di-<br />
zefído = o que nao adm ira , vista a froqueza hum<br />
ana ; ernais abaixo, descobre até aleveza das<br />
suas primeiras conjecturas, confessando que nada<br />
era fá c il discernir, em tal distancia detempos^<br />
e escassez de noticias, que bem pouvas daquella era<br />
chegárao ale'7ws. Sobre oque, só farei o seguiate<br />
argumento.<br />
As proezas agricolas , que o Chronista attribue<br />
áquelles seus primeiros Monjes, nfio tem<br />
mais fundamento do que as santidades angélicas<br />
que Ihes suppoem , visto o perrgo que elle<br />
mesmo acautela da sua nimia credulidade , e<br />
vista especialmente a falla de noticias que confessa<br />
ter dos tempos a que as refere; logo, descontando<br />
o que nos seus ditos tom semblante<br />
de meras patranhas, pouco resta a acreditar de<br />
verdadeiras fa^anhas.<br />
Suppondo , com a mesma carencia de provas,<br />
(juo dos seus muitos Irabalhos campestres<br />
resuUarao muitas granjas e quintas , as deriío,<br />
N 2