MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

por qualquer quota senhoril, dizimal, ou fiscal,
e muito menos pela caterva de todas , 1.“ porque
nSo cabem no seu rendimento liquido, corno
acabo de provar por deraonstracjoes uìathe*
maticas; e 2.“ porque ainda quando coubessem,
nao seriao compaliveis com o andamento da
agricultura, nem com a justica distributiva dos
eeus productos ; cujas provas tambem já dadas
por algarismos reforcarei por outras mais palpa-
veis de razSo.
CAPITÜLO IV.
E m q u e se reforçâo as provas da tncompatibilidade
das mencionadas parlilhas com o andamento
da agricultura^ e com ajustiça dislribuli^
va dos seus producios,
VISTA do que secalculou, e achou é evidente
que o Lavrador de uma terra sujeita a uma,
ou muitas das ditas partilhas do producto bruto
da sua cultura , se quer melhorar a especie,
ou promover a abundancia dos seus frutos , o
nao póde fazer senSo á força do seu trabalho,
ou despeza ; e por tanto , tanto mais em seu
prejuizo quanto mais trabalhar , ou despender
para adquirir costosamente o que ha de repartir
gratuitamente ; mas nSo é naturai que nin-
guem se queira prejudicar voluntariamente, logo
nao é de esperar que o Lavrador de tal terra
jámais assim forceje para taes melhoramen-
tos, ou promoçôes dos seus fructos, antes que,
pela razao inversa de mais utilisar proporcional-