MARASMO POLITICO PORTUGAL - DSpace CEU

sSo, pode respirar asuafidelidade. Embora pois
sejSo entregues aos melos judiciaes para, segundo
todo o rigor das Leis criminaes, serem con-
demnados a soffrer as penas que merecér3o, e
reparar os (latimos que causHrao aquelies furibundos
que, por atrocidades mais deliberadas de
roubos, incendios, assassinios, ele. inanifestdríio
urna indole mais ferina, ou , por urna perseverança
mais contumaz, urnadepravaçiîo mais incorrigi-
vel. Em taes monstros dahumanidade nunca póde
disfarçar-se o mal que fizerSo á Sociedade,
nem deixar de prevenir o que ainda podeni fa-
zer-lhe.
Aquc-lles porém que por força ou fraqueza,
por engano ou surpre:ìa, por fascinados da mà
causa, ou desesperados da boa, se deixdrào ar-
rastar pela torrente, e mais longe forao levarlos,
menos poderíio recuar, estes, senao forem bastante
castigados pelos trabalbos que passárao ,
oserao pela confusaoque tiverem dosseus erros,
ou pelos remorsos que sentirem dos seus maleficios:
e de mais, os crimes de tantos rúes, que
tanta diílerenca fazcm entre si pela da gravicla-
de da sua especie, ou as circumstancias da sua
perpetraçiio , a fariâo ainda maior pelos afi’ectos,
ou desadectos da sua representacào. Dahi adif-
iicnldade de graduar as culpas; daqui a impos-
sibilidade de proporcionar-lhes ns penas , ou a
necossidade de perdoa-las todas, i^'inalmente, amigos
Íntimos, e parentes pro.xinios, tao proximos
alé .conio irmilos para irmaos , pais para filhos,
jnaridos para mulheres , e o'.itros muitos que a
simpathia, o sangue, a natureza unissem bein
unidos por uaia vez, corno poderla a Lei sepa-
ra-ÌQs para sempre Fechou-se oTemplo de Ja*
no, abra se o Tempio da concordia geral; apa-