anpuh.s02 - Associação Nacional de História

ção da A. P . U . H., que ainda não organizou o grupo de trabalho proposto
em Marília - para a uniformização da terminologia hiStórica,
providência que solicitou à Mesa diretora dos trabalhos sugerindo que
o trabalho poderia ser perfeitamente executado pelos Núcleos Regionais
instalados.
Ao Prol. Rosalvo Florentino de Souza:
Em resposta à sua pergunta de que se o monopólio e a monocultura
não seriam os causadores do latifúndio, o Autor respondeu que
no seu modo de ver isso não se deu na Antiguidade e na Idade Média,
pois o Estado não impôs a ninguém o cultivo de determinadas culturas.
No Brasil também pensa que não, pois a Metrópole não forçou,
mas sim estimulou pelo comércio, a extensão da cultura canavieira.
Ao Prol. Padre Carl Valeer Franz Laga:
O Autor glosou a observação de que era "discreto demais" dizendo
que era seu feitio e que isso não teria remédio algum mais nesta fase
de sua vida.
Quanto à origem do latifúndio lembrou que na Antiguidade se
formaram inicialmente pela nobílitas que se assenhoreara do ager
publicus e depois no Império com a formação e o exemplo dos grandes
dominios imperiais. Na Idade Média, temos inicialmente o apossamento
pelos reis bárbaros dos domínios públicos e depois a formação
mais ou menos ao acaso de grandes domínios principalmente no
caso da Igreja, em virtude das doações recebidas.
:msses latifúndios se conservaram devido à estrutura econômica
que não permitia a existência de outra forma de exploração da terra
e permaneceu assim estático até o renascimento do comércio iniciado
no século XI.
Concorda com o interpelante quanto ao fisco ter contribuido para
a manutenção da grande propriedade pois o poder fiscal não se
achava organizado como em nossos dias.
Ao Prof. Padre Júlio Lopes:
Concorda com a intervenção dizendo que também tinha conhecimento
de Registro do Papa Gregório Magno a propósito dos bens
do Estado Pontifício e que êsse documento poderia servir para exemplificar
o tamanho e a forma de exploração agrícola dos grandes domínios.
Disse também que o Domesday Book também poderia ser invocado
no caso da Inglaterra.
Concorda também no grande papel desbravador da ordem de
Cister no campo agrícola, lembrando que em suas aulas sempre ressaltou
o papel pioneiro da Igreja na Idade Média, exemplificando com
a ereção de mosteiros em lugares inhóspitos como pântanos e clareiras
na floresta.
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