anpuh.s02 - Associação Nacional de História

tam a necessidade do trabalho comum para o melhor aproveitamento
da terra. Tal sistema era empregado nas extensas propriedades de
cultivo cujas origens remontam certamente, aos tempos pré-históricos.
Era necessária a colaboração de todos os membros da comunidade
nas tarefas que resultariam em beneficio de todos. A atividade
comum de arar, de plantar, e de colhêr, sob um mesmo comando, faz
com que consideremos êste tipo de propriedade comunitária, o mais
caracteristico e aquêle que mais profundamente corresponde a uma
instituição de caráter social. Realizadas as colheitas, todos os animais,
todo o gado daquelas populações, constituindo como que um
rebanho comum, pasta naquelas terras, aproveita do solo as restevas
e identificando ainda mais, pelo interêsse de cada um e de todos,
aquelas populações.
Deve-se ainda acentuar que a atividade de cada um depende da
atividade de todos e que a igualdade econômica dos proprietários deve
ter sido a regra geraL Em caso de enfermidade ou de invalidez,
atuam os vizinhos resolvendo os problemas daqueles que a má sorte
tenha prejUdicado. Verdadeiras estruturas de caráter social marcam e
caracterizam aquelas instituições, apresentando-as como prenúncio
do que realizaram ou deveriam ter realizado os homens do século xx.
COMMUNITY PROPERTY IN THE XII AND XIll CENTURIES
SUMMARY
The author divides his work into four chapters: 1) Introduction.
2) Communal Property in the barbarian period. 3) Importance of
the XII and XIII centuries. 4) Common Property or Social Property.
In the first chapter the author points out the difficulty that the
historian of Medieval Ages has concernlng early sources. He says
that in the Middle Ages there was no differentiation between property
of land and social problems, that they complemented each
other, and that Church legislation and life were related to these
problems in a higher degree than the State law.
Going on he analyses the different kinds of land property in the
barbarian period, examining the Mark or Allmenden, the property
which belonged at once to the community and to its components.
In the third chapter he says that he considers the XII and XIll
centuries the most important and decisive in the historical transformation
of the Middle Ages. He analyses the political events, the
agrarian progress, the increase in population, the rising towns, the
evolution of thought in consequence of philosophical studies, art and
literature, and concludes that these centuries may be considered
structurally as modem.
In the last chapter he says that the most important forms of
use of land in the XII and XIII centuries was community or social
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