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anpuh.s02 - Associação Nacional de História

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opinião que o marco <strong>de</strong> Touros, na linha dos mais antigos do Brasil,<br />

<strong>de</strong>ve ser contemporâneo ao <strong>de</strong> Cananéia. E, evi<strong>de</strong>nciando o seu <strong>de</strong>spreendimento<br />

regional, <strong>de</strong>clara que se recusa também consi<strong>de</strong>rar o<br />

padrão da Bahia como contemporâneo do <strong>de</strong>scobrimento, como o quer,<br />

aliás, a tradição local. Fala em seguida sôbre a viagem e a carta <strong>de</strong><br />

Américo Vespúcio e nela baseado não acredita tenha êle <strong>de</strong>ixado um<br />

marco no local on<strong>de</strong> fôra tão mal recebido pelos indígenas e mais<br />

ainda que êste marco haja perdurado.<br />

Aventa a hipótese que o marco <strong>de</strong> Touros seja contemporâneo da<br />

expulsão dos franceses pela frota <strong>de</strong> Martim Afonso <strong>de</strong> Souza, ocasião<br />

em que se marcou até Cananéia. 11: asim contemporâneo da divisão<br />

do Brasil em capitanias. Aliás, não importa que não tenha sido o mais<br />

antigo, sua importância histórica é a mesma, o que importa é que<br />

realmente o padrão <strong>de</strong> Touros marcou ali o domínio português.<br />

Conclue, finalmente, suas consi<strong>de</strong>rações propondo a constituição<br />

<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho para o estudo dos marcos <strong>de</strong> posse existentes<br />

no Brasil, documentos êstes <strong>de</strong> primordial importância e que se<br />

encontram em inteiro abandono.<br />

Da Profa. Alice P. Canabrava:<br />

Solicitando informações sôbre o condicionamento da repartição<br />

da proprieda<strong>de</strong> na área estudada pelo Autor, sôbre os fatôres do meio<br />

natural e hierarquia social com respeito à proprieda<strong>de</strong> e uso da terra.<br />

RESPOSTAS DO PROF. H11:LIO DANTAS<br />

Ao Prof. Amaro Quintas:<br />

Quando os flamengos <strong>de</strong>liberaram ocupar o Rio Gran<strong>de</strong>, o motivo<br />

que os levou a essa ocupação não foi, em absoluto, um motivo agrário,<br />

embora nessa época já existisse alí o engenho do Cunhau. Mas se<br />

tratava <strong>de</strong> um engenho único, incapaz <strong>de</strong> atrair o interêsse dos flamengos,<br />

embora houvessem êles vindo ao Brasil sobretudo pela importância<br />

do açúcar. No Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, êles realizaram investidas<br />

somente para dizimar colonos portugueses. Não houve um interêsse<br />

agráriO.<br />

Ao Prof. Pedro Calmon:<br />

Declara estar satisfeito uma vez que a sua Comunicação havia<br />

propiciado a proposta do Prof. Pedro Calmon referente à criação <strong>de</strong><br />

um grupo <strong>de</strong> trabalho para o estudo dos marcos <strong>de</strong> posse. No entanto,<br />

solicita licença para discordar das consi<strong>de</strong>rações do Prof. Calmon e<br />

continua afirmando que, até prova em contrário, o marco <strong>de</strong> Touros<br />

é o mais antigo do Brasil, uma vez que, embora o brilhantismo das<br />

suas consi<strong>de</strong>rações, o Professor não apresentara documentos. Quanto<br />

à mencionada carta <strong>de</strong> Américo Vespúcio a consi<strong>de</strong>ra confusa e incapaz<br />

<strong>de</strong> por si só esclarecer a questão.<br />

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