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anpuh.s02 - Associação Nacional de História

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econômica do Brasil, porque, sendo produtos <strong>de</strong> exportação numa economia<br />

colonial, na sua produção se comprometiam, direta ou indiretamente,<br />

tôdas as outras fôrças produtivas do pais. Ora, o comércio<br />

<strong>de</strong> muares era uma <strong>de</strong>stas fôrças produtivas secundárias, isto é, complementares<br />

a uma outra economia dominante: primeiro o ouro, <strong>de</strong>pois<br />

o café. Não constituiu, portanto um "ciclo", no sentido em que<br />

essa palavra tem sido tradicionalmente conceituada na historiografia<br />

brasileira.<br />

RESPOSTAS DA PROFB. ALTIVA PILATTI BALHANA<br />

Ao Prof. Guy <strong>de</strong> Holanda:<br />

Agra<strong>de</strong>cemos as sugestões e esclareceremos que já há pesquisas<br />

em andamento no Departamento <strong>de</strong> <strong>História</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Filosofia<br />

da Universida<strong>de</strong> do Paraná, sôbre núcleos coloniais <strong>de</strong> grupos<br />

confissionais dissi<strong>de</strong>ntes, inclusíve os Menonitas.<br />

Quanto aos estudos comparativos, seriam realmente interessantes,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fôsse possível a adoção <strong>de</strong> quadros <strong>de</strong> referência e métodos<br />

<strong>de</strong> pesquisa idênticos, pois cada um dêsses núcleos coloniais<br />

tem sua significação intimamente relacionada com o contexto no<br />

qual estão inseridos.<br />

A Prof a . Emília Viotti da Costa:<br />

Desejamos esclarecer que justamente êste estudo foi realizado<br />

tendo em vista não só a reavaliação dos fatôres que concorreram para<br />

o fracasso das primeiras experiências <strong>de</strong> colonização nos Campos Gerais,<br />

como também a explicação do insucesso em têrmos <strong>de</strong> estrutura<br />

e <strong>de</strong> conjuntura econômica.<br />

Assim, salientamos que o entrosamento dos alemães do Volga remanescentes,<br />

na conjuntura econômica do mate foi a solução para a<br />

sua sobrevivência e prosperida<strong>de</strong>.<br />

Por outro lado foi bem ressaltada a importância do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> uma economia <strong>de</strong> mercado para o êxito e estímulo das novas<br />

iniciativas colonizadoras nos Campos Gerais.<br />

Quanto a segunda parte da intervenção, pensamos não se tratar<br />

exatamente <strong>de</strong> inconsciência dos grupos dominantes em relação à<br />

realida<strong>de</strong> da colonização, mas talvez <strong>de</strong> natural reação negativa como<br />

atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>fêsa da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção em face <strong>de</strong> elementos<br />

novos. Isto ocorreu freqüentemente na história da imigração, não<br />

apenas no Brasil. Dêsse modo as apreciações con<strong>de</strong>natórias do Presi<strong>de</strong>nte<br />

Rodrigo Octávio em relação aos alemães do Volga, seriam explicadas<br />

em parte pela sua formação numa socieda<strong>de</strong> não afeita ao<br />

contáto com grupos numerosos <strong>de</strong> imigrantes e, portanto, menos predisposto<br />

a aceitá-los e compreendê-los nas suas dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> adaptação.<br />

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