You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
caso, de hospedeiro estrangeiro, a ação de incitar desenvolveu-se no território<br />
nacional, daí não se justificando a aplicação dos incisos IV e V do art. 109 da<br />
Constituição. Caso, pois, de competência estadual. (STJ - CC 62949 PR<br />
2006/0090645-3 – Órgão Julgador: TERCEIRA SEÇÃO - Relator Ministro<br />
NILSON NAVES – Data do Julgamento: 10/10/2006).<br />
A INCITAÇÃO PÚBLICA DOS MORADORES AO DESOBEDECEREM ORDEM<br />
LEGAL DE DESOCUPAÇÃO DA INVASÃO, CONFERE TIPICIDADE PUNÍVEL. (<br />
TJDF - ACR 1977899 DF - Órgão Julgador: 2ª Turma Criminal - Relator JOAZIL<br />
M GARDES – Data do Julgamento: 02/03/2000)<br />
Agente acusada de, publicamente, incitar a outrem a praticar delito de homicídio<br />
contra desafeto – Ausência de publicidade – Delito não configurado. É mister<br />
que a incitação se faça perante certo número de pessoas, sem o que, não se<br />
poderá falar em perturbação da paz pública, em alarma social. (TACRIMSP – AC<br />
348/233 – Rel. Veiga de Carvalho – JUTACRIM 84/221).<br />
Instigação feita genericamente, de modo vago, não tem eficácia ou idoneidade,<br />
por isso que não configura o delito do art. 286 do CP. (TACRIMSP – RT<br />
598/351).<br />
APOLOGIA AO CRIME<br />
Quanto ao crime de apologia de crime ou criminoso, divirjo em parte do MM. Juiz<br />
a quo, que o entendeu realizado na dupla modalidade: apologia de crime e de<br />
criminoso, pois não consigo enxergar, entretanto, referência a nenhum crime<br />
específico nas inscrições estampadas na camisa do apelante. Com efeito, na<br />
parte da frente tinha os dizeres “Parabéns CR” e na parte posterior “A família<br />
ADA está com é te aguardando Felicidades”, acompanhados do desenho de um<br />
tridente, conforme se observa da prova testemunhal e do laudo de exame<br />
material de fls. 63. Encontram-se assim, duas explícitas alusões a autores de<br />
crimes, pois as iniciais “CR” pertencem sabidamente ao traficante Celso