11.06.2013 Views

DIREITO PENAL ESPECIAL - Unig

DIREITO PENAL ESPECIAL - Unig

DIREITO PENAL ESPECIAL - Unig

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Art. 320 = Consiste na conduta do funcionário público que, por indulgência,<br />

deixa de tomar as medidas necessárias para responsabilizar o funcionário<br />

público subordinado que cometeu infração no exercício do cargo. É o famoso<br />

“passar a mão pela cabeça”.<br />

SUJEITOS. O sujeito ativo é o funcionário público superior hierárquico do<br />

funcionário público subordinado, que comete uma infração pela qual deveria ser<br />

punido. O sujeito passivo é o Estado.<br />

TIPO OBJETIVO. Consagra 2 modalidades:<br />

1º Deixar de responsabilizar. Deixar de tomar as medidas cabíveis para punir o<br />

funcionário público subordinado que comete determinada infração. O funcionário<br />

público superior não responsabiliza o funcionário público infrator agindo de duas<br />

maneiras: ou não pune diretamente o subordinado, ou não instaura o devido<br />

procedimento administrativo para apurar e punir a infração cometida pelo<br />

funcionário público subordinado.<br />

2ª Deixar de comunicar à autoridade competente. O funcionário público que<br />

sabe de alguma infração cometida por um colega e que, não tendo competência<br />

para puni-lo, deixa de comunicar o fato à autoridade competente<br />

hierarquicamente superior ao colega infrator.<br />

É elementar do crime (é pressuposto dele) que o funcionário público tenha<br />

cometido uma infração (administrativa ou penal); a lei fala em infração, não em<br />

crime. O subordinado tem que praticar, efetivamente, a infração.<br />

A infração deve ser praticada no exercício do cargo. Se o subordinado praticá-la<br />

fora da função, não haverá motivo que enseje crime de condescendência<br />

criminosa, caso o superior deixe de punir tal conduta.<br />

A condescendência criminosa é sempre subseqüente à prática da infração. Se o<br />

superior pratica a mesma infração que o subordinado, concomitantemente, eles<br />

responderão juntos pela mesma infração (o superior como co-autor ou como<br />

partícipe da infração). Se o superior vir a infração sendo cometida pelo<br />

subordinado e não fizer nada, ele, como garantidor, age dolosamente e<br />

concorre, pois, para a prática da mesma infração do funcionário público<br />

subordinado.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!