You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Art. 349 -<br />
- só responde pelo crime aquele que não esteja ajustado previamente com os<br />
autores do crime antecedentes, no sentido de lhes prestar qualquer auxílio<br />
posterior, pois, se isso ocorreu, ele será responsabilizado por participação no<br />
crime antecedente por ter estimulado a prática do delito ao assegurar aos seus<br />
autores que lhes prestaria uma forma qualquer de ajuda.<br />
- a principal diferença entre a “receptação” e o “favorecimento real” consiste no<br />
fato de que, no neste, o agente visa auxiliar única e exclusivamente o autor do<br />
crime antecedente, enquanto naquele o sujeito visa seu próprio proveito ou o<br />
proveito de terceiro (que não o autor do crime antecedente).<br />
- trata-se de crime acessório, mas a condenação pelo “favorecimento real” não<br />
pressupõe a condenação do autor do crime antecedente - ex.: há prova da<br />
prática de um furto e de que alguém ajudou o autor desse crime, escondendo os<br />
bens furtados (a polícia, todavia, não consegue identificar o furtador, mas<br />
consegue identificar aquele que escondeu os bens).<br />
- ex.: esconder o objeto do crime para que o autor do delito venha buscá-lo<br />
posteriormente, transportar os objetos do crime; guardar para o homicida<br />
dinheiro que este recebeu para matar alguém etc.<br />
- a conduta de trocar as placas de veículo furtado ou roubado podia caracterizar<br />
o “favorecimento real”, mas, atualmente, constitui o crime do art. 311<br />
(“adulteração de sinal identificador de veículo automotor”).<br />
- a menoridade e a extinção da punibilidade apenas impedem a aplicação de<br />
sanção penal ao autor do crime antecedente, mas o fato não deixa de ser crime.<br />
- a lei não prevê qualquer escusa absolutória como no caso do “favorecimento<br />
pessoal”.