A energia nuclear em debate A energia nuclear em debate - IEE/USP
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devido à fissão de núcleos de átomos de urânio. O el<strong>em</strong>ento combustível é um conjunto de 235 varetas combustíveis<br />
- fabricadas <strong>em</strong> zircaloy - rigidamente posicionadas <strong>em</strong> uma estrutura metálica, formada por grades espaçadoras; 21<br />
tubos-guias e dois bocais, um inferior e outro superior. Nos tubos-guias são inseridas as barras de controle da reação<br />
<strong>nuclear</strong>. Antes de ser<strong>em</strong> unidas a estes tubos por solda eletrônica, as grades espaçadoras são alinhadas por equipamentos<br />
de alta precisão. A solda das extr<strong>em</strong>idades das varetas se dá <strong>em</strong> atmosfera de gás inerte e sua qualidade é verificada<br />
por raios-X. As pastilhas de urânio, antes de ser<strong>em</strong> inseridas nas varetas combustíveis, são pesadas e arrumadas<br />
<strong>em</strong> carregadores e secadas <strong>em</strong> forno especiais. Simultaneamente, os tubos de zircaloy têm suas medidas conferidas<br />
por testes de ultra-som e são minuciosamente limpos. Só então as pastilhas são acomodadas dentro das varetas<br />
sob a pressão de uma mola afastada do urânio através de isolantes térmicos de óxidos de alumínio. Um el<strong>em</strong>ento<br />
combustível supre de <strong>energia</strong> 42.000 residências médias durante um mês.<br />
Conforme a INB, desde 1996 o Brasil é um dos 12 países que fabricam el<strong>em</strong>entos combustíveis <strong>nuclear</strong>es. A<br />
partir do primeiro s<strong>em</strong>estre de 1999, passou a integrar o grupo de produtores mundiais de pó e pastilhas de urânio<br />
enriquecido através da Unidade II da Fábrica de El<strong>em</strong>entos Combustíveis. Por sua vez, a etapa de enriquecimento<br />
isotópico foi objeto de controvérsias <strong>em</strong> outubro de 2004, quando o governo brasileiro impôs restrições a uma<br />
inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA, a qu<strong>em</strong> caberia autorizar o seu funcionamento, sob alegação<br />
de “sigilo industrial”.<br />
3. USOS DA ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL NAS ÁREAS BIOLÓGICAS E MÉDICAS<br />
Historicamente o desenvolvimento das tecnologias <strong>nuclear</strong>es s<strong>em</strong>pre esteve relacionado a questões estratégicas,<br />
como por ex<strong>em</strong>plo, o desenvolvimento de armamentos <strong>nuclear</strong>es. Pouco se fala <strong>em</strong> tecnologia <strong>nuclear</strong> ligada aos campos<br />
da biologia e medicina. No entanto, esse vínculo v<strong>em</strong> se tornando uma opção importante na solução de probl<strong>em</strong>as<br />
do ser humano e do seu meio ambiente.<br />
O Ipen foi fundado <strong>em</strong> 1956 (com o nome de IEA, Instituto de Energia Atômica), integrando o programa norteamericano<br />
conhecido como "Átomos para a Paz". O programa fazia parte da iniciativa do governo dos Estados Unidos<br />
<strong>em</strong> permitir o desenvolvimento da tecnologia <strong>nuclear</strong> nos países periféricos voltada para aplicações não militares. O<br />
reator IEA-R1 foi o primeiro do h<strong>em</strong>isfério sul a atingir criticalidade, <strong>em</strong> set<strong>em</strong>bro de 1957.<br />
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