A energia nuclear em debate A energia nuclear em debate - IEE/USP
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o 11 de set<strong>em</strong>bro de 2001, estas unidades vulneráveis e perigosas representam<br />
um alvo a mais para forças violentas e inescrupulosas não-governamentais.<br />
Por esta razão também, a <strong>energia</strong> <strong>nuclear</strong> continuará cindindo a opinião<br />
pública enquanto for usada.<br />
2. UM LEMBRETE: O RISCO PERSISTENTE DO ESQUECIMENTO<br />
Os fatos sucedidos na noite do 10 de abril de 2003, no tanque de armazenamento<br />
para el<strong>em</strong>entos de combustível da usina <strong>nuclear</strong> <strong>em</strong> Paks, l<strong>em</strong>bram os dois<br />
eventos que marcaram de forma negativa a historia da <strong>energia</strong> <strong>nuclear</strong> civil, a saber<br />
os desastres <strong>nuclear</strong>es na usina americana de Three Mile Island, <strong>em</strong> Harrisburg <strong>em</strong><br />
março de 1979, e o de Chernobylna Ucrânia, <strong>em</strong> abril de 1986.<br />
Falhas de projeto imperdoáveis, monitoramento frouxo, instruções de operação<br />
erradas, falta de juízo sob condições estressantes e, s<strong>em</strong> ser o menor dos fatores, a<br />
confiança ingênua <strong>em</strong> uma tecnologia sensível – todos esses fatores eram b<strong>em</strong> conhecidos<br />
antes daquela quinta-feira na Hungria, não apenas pelas experiências <strong>em</strong><br />
Harrisburg e Chernobil, mas também pelos eventos na usina inglesa de reprocessamento<br />
<strong>em</strong> Sellafield, no reator regenerador de Monju, na usina japonesa de reprocessamento<br />
<strong>em</strong> Tokaimura e na usina al<strong>em</strong>ã de Brunsbüttel, no Rio Elba. Onde quer que<br />
as pessoas trabalh<strong>em</strong>, elas erram. E elas pod<strong>em</strong>, às vezes, ter a felicidade de ver uma<br />
seqüência de erros – s<strong>em</strong>pre rotulada de “inexplicável” – não produzir conseqüências<br />
tão graves quanto aquelas na Ucrânia e seus vizinhos, <strong>em</strong> 1986. No bloco 2 da usina<br />
de <strong>energia</strong> <strong>nuclear</strong> <strong>em</strong> Paks, localizada a 115 quilômetros ao sul da capital Budapeste,<br />
os danos se limitaram ao super-aquecimento e à destruição de 30 peças contendo combustível<br />
altamente radioativas, transformadas <strong>em</strong> uma massa radioativa no chão de um<br />
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