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A energia nuclear em debate A energia nuclear em debate - IEE/USP

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tivas de plutônio. Além disto, seria um erro supor que o risco da proliferação cairia<br />

para um nível zero ou irrisório, consideração esta que também se aplica aos conceitos<br />

de reatores de 4ª geração.<br />

Apesar de vários estudos realizados para identificar e d<strong>em</strong>onstrar a confiabilidade<br />

a longo prazo dos depósitos finais, nenhum país achou uma solução permanente<br />

para a disposição final dos resíduos <strong>nuclear</strong>es. A pesquisa para desenvolver<br />

depósitos finais, assim como os procedimentos para a participação do público ou<br />

esforços para ganhar a aceitação pelo público dos locais escolhidos para a disposição<br />

dos resíduos <strong>nuclear</strong>es estão cada vez mais presentes (Kreusch et al., 2005). Se o volume<br />

de resíduos <strong>nuclear</strong>es crescesse de maneira significativa, o lapso entre a geração<br />

de resíduos com alto nível de radioatividade e a disponibilidade de locais para disposição<br />

ficaria cada vez maior. Van der Zwaan (2002) ex<strong>em</strong>plifica com o caso da<br />

duplicação da geração de <strong>energia</strong> <strong>nuclear</strong> nos EUA, que exigiria uma capacidade adicional<br />

de disposição equivalente a um novo projeto Yucca Mountain a cada 25 anos.<br />

Segundo Lovins (2005), o acréscimo de 700 GW de capacidade de geração de <strong>energia</strong><br />

<strong>nuclear</strong> exigiria depósitos com a capacidade de 14 projetos na escala de Yucca<br />

Mountain.<br />

Por último, porém não menos importante, a viabilidade econômica da geração<br />

de <strong>energia</strong> <strong>nuclear</strong> será decisiva para a sua participação <strong>em</strong> uma estratégia ambiciosa<br />

para o clima. Se não houver um preço para o CO 2 (seja com um imposto ao carbono,<br />

seja como parte de um esqu<strong>em</strong>a de troca de <strong>em</strong>issões), é pouco provável que a <strong>energia</strong><br />

<strong>nuclear</strong> possa concorrer <strong>em</strong> mercados competitivos (Thomas, 2005). Mesmo<br />

assim, a introdução gradual de instrumentos de mercado para políticas de clima (por<br />

ex<strong>em</strong>plo o esqu<strong>em</strong>a da União Européia de troca de <strong>em</strong>issões) mudaria esta situação<br />

de certa maneira. O nível dos preços de CO 2 – que poderia melhorar significativamente<br />

o des<strong>em</strong>penho econômico de novas usinas <strong>nuclear</strong>es – continua cercado de<br />

polêmica. Sailor et al. (2000) se refere a um preço de carbono de aproximadamente<br />

100 US$/tC (27 US$/t CO 2 ), que seria o nível necessário para novas usinas <strong>nuclear</strong>es<br />

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