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A energia nuclear em debate A energia nuclear em debate - IEE/USP

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epresentam mais da metade do aumento no “radiative forcing” 1 que causa o aquecimento<br />

global antropogênico.<br />

A discussão sobre o nível <strong>em</strong> que as concentrações de gases de efeito estufa<br />

dev<strong>em</strong> ser estabilizados “que impeça uma interferência antrópica perigosa no sist<strong>em</strong>a<br />

climático” (Artigo 2º da United Nations Framework Convention on Climate Change-<br />

UNFCCC ) ainda está <strong>em</strong> curso. Mesmo assim, a limitação do aumento da t<strong>em</strong>peratura<br />

média global a 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais é visto cada vez mais<br />

como limiar para a magnitude de aquecimento global que levará a conseqüências e<br />

riscos inaceitáveis para a natureza e para as sociedades humanas. 2 Considerando que<br />

a t<strong>em</strong>peratura média global já subiu 0,6ºC desde o Século XIX, apenas um aquecimento<br />

adicional de 1,4ºC é visto como tolerável. Além disto, uma taxa média de aquecimento<br />

a longo prazo de 0,2ºC por década, no máximo, não deverá ser ultrapassada. 3<br />

A tradução destas metas <strong>em</strong> concentrações e <strong>em</strong> trajetórias de <strong>em</strong>issões ainda<br />

está sujeita a incertezas (por ex<strong>em</strong>plo, à sensibilidade climática) e a um longo <strong>debate</strong> científico.<br />

Os parâmetros que se segu<strong>em</strong> são essenciais na identificação de medidas que possam<br />

limitar o aquecimento global à “janelas climáticas”(“climate windows”) aceitáveis.<br />

As trajetórias das <strong>em</strong>issões ao longo do t<strong>em</strong>po para diferentes gases de efeito estufa<br />

e também para outros gases com impactos pelo “radiative forcing” (por ex<strong>em</strong>plo,<br />

as <strong>em</strong>issões de enxofre, já que os aerossóis SO2 têm um efeito de “refrigeração”),<br />

nas quais a taxa de crescimento, o momento de pico e a subseqüente taxa<br />

de redução possu<strong>em</strong> particular importância;<br />

A concentração ou os perfis de “radiative forcing” para os diferentes gases <strong>em</strong><br />

função das respectivas trajetórias de <strong>em</strong>issão;<br />

A sensibilidade climática adotada por modelos recentes varia desde um aumento de<br />

t<strong>em</strong>peratura de 1,5º até uma de 4,5º Celsius para duplicar as concentrações de<br />

CO 2 , com 2,5º como valor médio. Se for comprovada que a sensibilidade climática<br />

1 Nota do tradutor: O termo “radiative<br />

forcing” foi criado pelo IPCC-<br />

Intergovernmental Panel on Climate<br />

Change para exprimir o balanço entre<br />

a radiação que entra na atmosfera<br />

terrestre e é absorvida, e aquela que<br />

é refletida pela ação das nuvens, gases<br />

e diversos materiais presentes na<br />

superfície terrestre. Esta relação é<br />

expressa <strong>em</strong> W/m2.<br />

2 Por ex<strong>em</strong>plo, o Conselho Europeu<br />

afirmou “que para alcançar o objetivo<br />

final da UNFCCC de impedir uma<br />

interferência antrópica perigosa no<br />

sist<strong>em</strong>a climático, o aumento total da<br />

t<strong>em</strong>peratura global não deve ser<br />

maior que 2ºC acima dos níveis préindustriais”.<br />

3 Ver WGBU (2003+2004).<br />

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