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A energia nuclear em debate A energia nuclear em debate - IEE/USP

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estufa, comparadas com as de 1990. Neste contexto, uma “ação antecipada” é<br />

necessária não apenas <strong>em</strong> termos de “aprender fazendo” (“learning by doing”) como<br />

também para evitar custos e ônus adicionais durante o período depois do pico das<br />

<strong>em</strong>issões de gases de efeito estufa.<br />

A Tabela 2 indica tetos referenciais para as <strong>em</strong>issões visando a estabilização<br />

das concentrações de CO 2 <strong>em</strong> vários níveis, diferenciados por grupos de países (países<br />

incluídos no Anexo I e os não incluídos no Anexo I da UNFCCC). Se for necessária<br />

a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na faixa de 400 a 450 ppm<br />

e das de CO 2 entre 350 a 500 ppm, as <strong>em</strong>issões globais de CO 2 terão que ser reduzidas<br />

<strong>em</strong> aproximadamente 60% até 2050, comparado com os níveis de 1990.<br />

Para os países do Anexo I, seria necessária uma redução de 80% a 90% nas<br />

<strong>em</strong>issões de CO 2 . Mesmo para metas de estabilização menos ambiciosas, as reduções<br />

exigidas para os países industrializados chegaram a mais de 70%, com relação aos<br />

níveis de 1990.<br />

Além disto, reduções significativas nas <strong>em</strong>issões teriam que ser alcançadas<br />

6 A sensibilidade climática se expressa<br />

como o aumento da t<strong>em</strong>peratura<br />

média global no caso de uma duplicação<br />

da concentração dos gases de<br />

efeito estufa.<br />

7 Outros autores (por ex<strong>em</strong>plo<br />

Meinhausen, 2005) conclu<strong>em</strong> a partir<br />

dos resultados de modelagens que<br />

alcançar a meta de 2ºC apenas será<br />

“provavel” se as <strong>em</strong>issões acumuladas<br />

de CO2 dos combustíveis fósseis puder<strong>em</strong><br />

ser limitadas a 400 bilhões de<br />

toneladas métricas de carbono (Gt C)<br />

para o período além de 1990. Se as<br />

<strong>em</strong>issões acumuladas entre 1990 e<br />

2000 for<strong>em</strong> consideradas, isto resultaria<br />

<strong>em</strong> um orçamento r<strong>em</strong>anescente<br />

de 333 Gt C (ou aproximadamente<br />

1,221 Gt CO2) para as <strong>em</strong>issões da<br />

queima de combustíveis fósseis.<br />

pelos países <strong>em</strong> desenvolvimento nesta trajetória de <strong>em</strong>issões. As <strong>em</strong>issões de CO 2<br />

poderiam aumentar até 2020 neste cenário ex<strong>em</strong>plar, mas terão que cair significativamente<br />

além do horizonte de 2020.<br />

No entanto, a trajetória de <strong>em</strong>issões de CO 2 para limitar o aquecimento global<br />

a 2ºC comparado aos níveis pré-industriais depende <strong>em</strong> grande medida da sensibilidade<br />

climática. 6 A Tabela 3 ilustra isto com dados apresentados pelo German<br />

Advisory Council on Global Change - WBGU (2003). Ao se presumir uma elevada sensibilidade<br />

climática, as <strong>em</strong>issões acumuladas de CO 2 para o período 2000-2010 serão<br />

um quarto do que seriam no caso de uma sensibilidade menor. 7<br />

Neste contexto, a avaliação da <strong>energia</strong> <strong>nuclear</strong> e de outras opções mitigantes<br />

deve considerar um quadro de redução rápida e significativa das <strong>em</strong>issões de CO 2 ,<br />

alcançando o pico das <strong>em</strong>issões nos países industrializados nas próximas duas<br />

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