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que possa estar causando o encurtamento da fase lútea. As mulheres que<br />
correm uma quilometragem menor tendem a ter ciclos bifásicos, com fase lútea<br />
normal. No entanto, houve somente o caso de uma mulher, deste mesmo<br />
grupo, que não teve fases lúteas encurtadas, nem períodos anovulatórios,<br />
mesmo quando ela decidiu prorrogar seu período de treinamento de maratona<br />
durante o ano seguinte. Ela continuou a treinar o mesmo número de<br />
quilômetros com a mesma intensidade sem ter qualquer alteração em seu ciclo<br />
menstrual, que continuou bifásico. A explicação plausível para esse fenômeno<br />
pode estar no processo de adaptação do organismo ao exercício. Prior e<br />
colaboradores (1982b) estimam que o sistema endócrino também possa vir a<br />
passar por mecanismos de adaptação similares àqueles do sistema cárdiorespiratório<br />
e da musculatura esquelética. A duração da fase lútea pode ser<br />
afetada mais pelo condicionamento da mulher ao exercício do que pela<br />
intensidade do exercício. Se realmente ocorre um processo de adaptação do<br />
aparelho reprodutor ao exercício, talvez as atletas que mantenham um<br />
condicionamento físico adequado possam vir a não ter problemas com seu<br />
ciclo menstrual ou sua fertilidade. Isto ajudaria a explicar por que algumas<br />
atletas se tornam amenorreicas e outras não. Tudo vai depender de um<br />
processo de adaptação do organismo à demanda da atividade física e como<br />
este processo de condicionamento é realizado. Prior & Vigna (1986) citam o<br />
hipotálamo como coordenador dessas mudanças adaptativas. A evidência<br />
principal que corrobora com esta hipótese vem de estudos sobre os efeitos da<br />
nutrição, trauma emocional e doença crônica do aparelho reprodutor. Um<br />
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