19.04.2014 Views

clique aqui para download - Centro Cultural São Paulo

clique aqui para download - Centro Cultural São Paulo

clique aqui para download - Centro Cultural São Paulo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Seminário de Dramaturgia ::<br />

Consenso de Washington, um campo extremamente conservador, tanto que,<br />

nos fóruns sociais mundiais (processos de busca de integração, inclusive,<br />

não de derrogação dos Estados nacionais porque isso simplesmente<br />

jogaria a cidadania de milhões de pessoas pela janela, mas de superação<br />

dessas limitações e inimizades) surgiu uma outra palavra de origem<br />

francesa, talvez por oposição também aos anglo-saxões que vieram<br />

com seu globalization. Os franceses criaram mondialisation, usada mais<br />

recorrentemente hoje: mundialização, que tem a conotação de ocupação<br />

do espaço, e não obviamente, de imposição de um pensamento, como o<br />

Consenso de Washington transformou, infelizmente, o termo globalização.<br />

Para encerrar meu comentário, eu queria dizer que decididamente, nós<br />

não podemos pensar em nenhum processo de resistência, de construção<br />

de alternativas, de um outro mundo possível ou de um outro teatro<br />

possível, se ficarmos circunscritos ao plano ou simplesmente às realidades<br />

ou às fronteiras nacionais; seria um suicídio. O que nós temos que pensar,<br />

na verdade, é como resgatar a tradição internacionalista não só dos<br />

movimentos comunistas, mas, por exemplo, dos grandes movimentos<br />

pacifistas do século XX: a primeira e segunda guerra mundial, a guerra do<br />

Vietnã e as guerras estúpidas que estão colocadas aí.<br />

111<br />

Vamos a mais uma rodada de três questões, e aí nós encerramos <strong>para</strong><br />

não castigar demais o pessoal <strong>aqui</strong>.<br />

José Carlos – Eu queria trazer a discussão <strong>para</strong> o fazer, <strong>para</strong> o<br />

produzir conteúdo <strong>para</strong> a comunicação. Assisti a um filme recentemente<br />

– Taiwan – e por um incidente técnico ele não estava legendado. Eu<br />

havia lido na sinopse que a proposta era uma viagem pela geografia e<br />

pelos costumes de Taiwan. Só por isso, eu soube que o filme abordava<br />

a temática da regionalização, dos costumes, da cultura de Taiwan. Sem<br />

conhecer nada do idioma, sem legendas nem coisa nenhuma, eu entendi<br />

completamente o filme. Pergunto a vocês, dentro do sentido do fazer,<br />

do produzir conteúdo, se a discussão da linguagem não nos dá alguma<br />

perspectiva de universalização da cultura regional, que é bonita, é grande,<br />

é maravilhosa, mas não se desloca, ela é feita <strong>para</strong> nós mesmos. É a minha<br />

colocação, um pouco na linha da Escola de Frankfurt. Se a gente não<br />

tomar posse dos meios de comunicação e souber usá-los, vamos ficar com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!