115Antonio: Sim. Primeiro diretor da rádio. Depois ele voltou na rádio e disse olhagostei e tal vai ficando por aí até o Catuno chegar. Aí o Catuno voltou e Ele disse, olhapermanecem vocês dois agora. Aí nós ficamos os dois.Leonir: Então eram vocês dois e mais o diretor?Antonio: Mais o diretor, daí tinha o programador, Urban Ferraz Ferreira, hojefalecido.Leonir: Mas ele não fazia programas?Antonio: Só montava a programação, fazia o roteiro, etcLeonir: E <strong>de</strong>veria ter um técnico também?Antonio: E o técnico <strong>de</strong> som que na época, o primeiro também já falecido EnioRosa.Leonir: O sr lembra <strong>de</strong> algum programa? Do que eles falavam?Antonio: Nós tínhamos na época um programa Clube do Ouvinte.Leonir: De manhã cedo?Antonio: É <strong>de</strong> manhã. Nós tínhamos também o programa <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> pública,informava tudo que tinha interesse público, não recordo exatamente o nome do programa. Arádio vivia muito <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicatória. Sábado e domingo nós não tínhamos programa interno,programa criado pela rádio, porque era o dia todo ocupado com <strong>de</strong>dicatória. Sábado edomingo era direto.Leonir: E as <strong>de</strong>dicatórias vinham via carta?Antonio: Via carta. Não tinha telefone e tal. Nós tínhamos agentes no interior.Cada localida<strong>de</strong> tinha um agente. Então esse agente se encarregava <strong>de</strong> recolher as<strong>de</strong>dicatórias. Então vinha às vezes num casamento, por exemplo, aquele casamento vinha umafolha, tamanho folha <strong>de</strong> ofício, com todas as <strong>de</strong>dicatórias ali, oferecidas pelos padrinhos,fulano e sicrano, música tal e ali olha, nos tocávamos uma média <strong>de</strong> mil músicas por sábado emais mil no domingo. Era lotado, lotado, lotado. Era uma loucura. E recebíamos muita visitao pessoal do interior pra ver como funcionava a rádio, curiosida<strong>de</strong>.Leonir: Vinham conhecer a rádio?Antonio: Vinham conhecer a rádio, pra ver como a rádio era.Leonir: O sr Lembra o que tinha <strong>de</strong> programação religiosa, naquele começo, AveMaria o senhor já falou.Antonio: A Ave Maria era diária.Leonir: Tinha alguma outra coisa além da Ave Maria?Antonio: Não.
116Leonir: Nada. Evangelho? Algum padre tinha programa aqui.Antonio: Não. Não tinha.Leonir: Sobre patrocinadores. Tinha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o começo?Antonio: Sim.Leonir: Tinha bastante?Antonio: Sim. Nós tínhamos aqui a relojoaria real, tinha lá no Costão tínhamos acasa Selau. Enfim, no momento não lembro os nomes.Leonir: E qual era o horário ou programa que vocês sabiam que a audiência eramaior? Era <strong>de</strong> manhã, era <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>?Antonio: Era no horário consi<strong>de</strong>rado nobre, das onze a uma da tar<strong>de</strong>. Esse horárioconsi<strong>de</strong>rado nobre, o horário que o pessoal ta em casa. O pessoal trabalha fora <strong>de</strong> casa aomeio dia está em casa. Inclusive tive um atrito com uma colega, vou evitar <strong>de</strong> citar o nome,porque nós tínhamos um patrocinador que pagava um preço especial para que a propaganda<strong>de</strong>le saísse exatamente ao meio dia. Então ao meio dia em ponto, nós tínhamos um relógioenorme na pare<strong>de</strong>, eu pedi que a operadora, técnica <strong>de</strong> som, me <strong>de</strong>sse o microfone, abrisse eela me mandou que esperasse e eu com a propaganda na mão, no horário o patrocinador po<strong>de</strong>estar escutando, e aí quem é o culpado? Ah, o locutor é o culpado. Então eu pedi novamente eela mandou esperar. Aí eu perdi a paciência, levantei e fui na sala, ela tava lendo uma revista,aí eu passei a mão na revista, amassei e botei no lixo, Aí ela me <strong>de</strong>u o microfone atrasado. Aíela contou pro diretor, o diretor já não era mais o Doutor Nogueira, era o padre LúcioBaungartener, hoje é bispo lá no norte, contou para o padre e o padre me <strong>de</strong>u uma chamada,eu achei que tinha razão, mas...Leonir: E a função da moça o que era?Antonio: Era técnica <strong>de</strong> som. Operadora <strong>de</strong> som.Leonir: O horário nobre era então das onze a uma da tar<strong>de</strong>. Ë nesse horário quetinha também o boletim do hospital?Antonio: É. Era nesse horário. Nesse período das onze a uma. Parece que era meiodia e quinze.Leonir: E <strong>de</strong> manhã tinha muita música?Antonio: Sim basicamente música.Leonir: E o Senhor ficou na rádio quantos anos?Antonio: Até 63. Cinco anos.Leonir: Era o Padre Lucio que era o diretor.Antonio: Sim.
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARI
- Page 3 and 4:
2LEONIR ALVESANÁLISE DE ASPECTOS D
- Page 5 and 6:
4AGRADECIMENTOSA Deus - autor e pri
- Page 7 and 8:
“Próximo ao meio-dia, diante daq
- Page 9 and 10:
8ABSTRACTABSTRACTThis study present
- Page 11 and 12:
10SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO...........
- Page 13 and 14:
12emissora alcança lugares diferen
- Page 15 and 16:
14também grandes atrações cultur
- Page 18 and 19:
171894, o britânico Oliver Lodge d
- Page 20 and 21:
19pelo rádio no jovem país e, no
- Page 22 and 23:
21segmentos sociais começaram a fa
- Page 24 and 25:
23os mais diversos fins. E é no in
- Page 26 and 27:
25veículo que mais se beneficiou d
- Page 28 and 29:
27aconteceram. As igrejas cristãs
- Page 30 and 31:
29Postura crítica, anúncio da ver
- Page 32 and 33:
31Senhora: Miriam é o nome hebraic
- Page 34 and 35:
33Rede Gaúcha Sat 22 que permite a
- Page 36 and 37:
35Com relação às palavras, Bakht
- Page 38 and 39:
37que são elaborados na coletivida
- Page 40 and 41:
39los primeros estudios específica
- Page 42 and 43:
41Na comunicação radiofônica, o
- Page 44 and 45:
43la comprensión de los mensajes s
- Page 46 and 47:
45linguagem radiofônica. Por meio
- Page 48 and 49:
47Faz-se assim oportuno destacar a
- Page 50 and 51:
49além disso, é importante saber
- Page 52 and 53:
51declaraciones grabadas, respetand
- Page 54 and 55:
53sociais, a religião, a ética e
- Page 56 and 57:
55perspectivas, tão abstratas quan
- Page 58 and 59:
57O segundo tipo de reportagem a se
- Page 60 and 61:
59conviverem em harmonia. Nesse sen
- Page 62 and 63:
61O testemunhal é outro formato co
- Page 64 and 65:
63Entende-se conceitualmente por id
- Page 66 and 67: 65culturais em espaço cultural hí
- Page 68 and 69: 67Cabe mencionar que, em sua histó
- Page 70 and 71: 69Dessa forma, o entrevistador tem
- Page 72 and 73: 714 A LINGUAGEM RADIOFÔNICA: ANÁL
- Page 74 and 75: 73A audiência relevante 49 contrib
- Page 76 and 77: 75Intercalando com a trilha, o locu
- Page 78 and 79: 77Cabe registrar que em todas as ed
- Page 80 and 81: 79editados no estado do Rio Grande
- Page 82 and 83: 81transcrições das falas 56 dos l
- Page 84 and 85: 83informações do mundo. Trilha Lo
- Page 86 and 87: 85“Chuva de verão”(17/01/2009)
- Page 88 and 89: 87“O caso do Papagaio”:(03/01/2
- Page 90 and 91: 89Na edição de 03 de janeiro de 2
- Page 92 and 93: 91dialógico do enunciado, que não
- Page 94 and 95: 93permite aos locutores o “ver ma
- Page 96 and 97: 95interesse de muitos de querer gan
- Page 98 and 99: 97Conforme se destaca a relação a
- Page 100 and 101: 99analisados.Esse aspecto, sim, enc
- Page 102 and 103: 1015 CONSIDERAÇÕES FINAISEste est
- Page 104 and 105: 103Primeiramente avaliou-se que a l
- Page 106 and 107: 105REFERÊNCIASADLER, P.Richard; FI
- Page 108 and 109: 107FILHO, André Barbosa; PIOVESAN,
- Page 110 and 111: 109NEVES, José Luis. Pesquisa qual
- Page 112 and 113: ANEXOS111
- Page 114 and 115: 113ANEXO B - GRADE DE PROGRAMAÇÃO
- Page 118 and 119: 117Leonir: E a rádio funcionava l
- Page 120 and 121: 119Nataniel: A Rádio Maristela tem