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Modelo de Tese - Unisul

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84Catarina, com aquela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pancadas <strong>de</strong> chuva. Chuva <strong>de</strong> verão [...]”. Há, também,a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ultrapassar os limites <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>marcação ao observar a fala do locutor queabrange muito mais do que notícias e aspectos relevantes sobre um município ou <strong>de</strong> doisestados -“Bom Dia Litoral com informações da cida<strong>de</strong>, do estado, do país e informações domundo [...] www.radiomaristela.com.br , o som da Maristela na gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>, na internet.”Contudo, é possível perceber impresso na mensagem muito mais que o cidadão riogran<strong>de</strong>nsee o próprio estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul; nota-se que a fronteira po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada, maisque uma linha, um marco físico ou natural, ou seja, um sistema simbólico. Nesse sentido, parao rádio, as fronteiras geográficas se rompem e se unem em uma mesma sintonia. Dessa forma,as ondas sonoras do rádio encerram em si um significado que opera para além dos aspectosterritoriais, e <strong>de</strong>finem-se como marco <strong>de</strong> referência i<strong>de</strong>ntitária. Assim, Pesavento reafirma ai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> quea fronteira é um marco que limita e separa e que aponta sentidos socializados <strong>de</strong>reconhecimento. Com isso po<strong>de</strong>mos ver que, mesmo nesta dimensão <strong>de</strong> abordagemfixada pela territorialida<strong>de</strong> e pela geopolítica, o conceito <strong>de</strong> fronteira já avança paraos domínios daquela construção simbólica <strong>de</strong> pertencimento a que chamamosi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e que correspon<strong>de</strong> a um marco <strong>de</strong> referência imaginária que se <strong>de</strong>finepela diferença (PESAVENTO, 2002, p. 36).Contudo, conformando-se como construção <strong>de</strong> sentido que guia a percepção darealida<strong>de</strong> em face das construções imaginárias <strong>de</strong> referência, a fronteira <strong>de</strong>fine princípios <strong>de</strong>reconhecimento que propõem um “nós” com relação a um “outro”. Entretanto, ao representarnão apenas um trânsito <strong>de</strong> lugar, mas as condições favoráveis para o diálogo e para ointercâmbio, as fronteiras po<strong>de</strong>m configurar um espaço novo caracterizado pela imbricação.Ao focalizar tais aspectos, percebe-se que a constituição enunciativa mostra quemenuncia, <strong>de</strong> que lugar enuncia e para quem enuncia. Além disso, observa-se como se dá talenunciação e em que momento ela ocorre - possibilitando que se apreenda como essaorganização convoca o diálogo com outros enunciados. Assim, revela-se o uso <strong>de</strong> um sistemalinguístico partilhado, com enunciados que compõem arquivos nas diversas comunida<strong>de</strong>s.Ao intercalar sua fala com a trilha sonora, o locutor preten<strong>de</strong> proporcionar aoouvinte informações sobre o contexto em que ambos estão inseridos, por conta disso, <strong>de</strong>stacaas condições climáticas do dia.

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