53sociais, a religião, a ética e as i<strong>de</strong>ologias, elementos que atuam direta e indiretamente em suaconcepção e formatação.Observa-se que, nesta perspectiva, com o objetivo <strong>de</strong> conquistar audiência, abusca pelo aprimoramento leva em conta também os outros veículos, outros programas, emoutras palavras, os possíveis concorrentes.Os pesquisadores Ortiz e Marchamalo (1997) <strong>de</strong>stacam que o processo <strong>de</strong>produção e realização <strong>de</strong> um programa radiofônico passa pela análise <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> fatores,entre eles, a competitivida<strong>de</strong>. O êxito e a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um programa são <strong>de</strong>terminadospelos índices <strong>de</strong> audiência. Conforme já mencionado, tais aspectos ensejam-se comomacrocódigos da comunicação radiofônica.Diante disso, cabe discutir o fato <strong>de</strong> que o conteúdo das mensagens veiculadaspelos meios <strong>de</strong> comunicação em geral po<strong>de</strong> coincidir, porque as realida<strong>de</strong>s por eles tratadassão, normalmente, as mesmas. No entanto, a linguagem utilizada para emitir o conteúdo damensagem varia, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo das características próprias que possuem, ou seja, cada veículo<strong>de</strong> comunicação possui formas linguísticas distintas. Nota-se, contudo, que mesmo o conteúdosendo o mesmo, os meios <strong>de</strong> comunicação almejam a fi<strong>de</strong>lização do seu público, buscandouma i<strong>de</strong>ntificação entre os receptores das mensagens.No rádio, o ponto <strong>de</strong> partida para a produção <strong>de</strong> um programa é <strong>de</strong>finir o objetivo,a filosofia e fazer um planejamento geral, do mesmo, antes <strong>de</strong> colocá-lo no ar. Os <strong>de</strong>maiselementos radiofônicos como formato, estrutura e gênero <strong>de</strong>vem compor a i<strong>de</strong>ia central queirá <strong>de</strong>terminar as características diferenciais do referido programa.Cada programa radiofônico apresenta um número estipulado <strong>de</strong> horas ou minutos<strong>de</strong> emissão, geralmente separados por boletins-horário, que se estruturam <strong>de</strong> forma tambémseparada e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Isso quer dizer que <strong>de</strong>ve haver uma a<strong>de</strong>quação proporcional <strong>de</strong>música e palavra, armazenando estes segmentos-horário articulados em torno <strong>de</strong> blocostemáticos que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão do horário, do público-alvo, das características e dos objetivos daemissora.Contudo, nota-se que é necessária uma série <strong>de</strong> fatores e técnicas para a realização<strong>de</strong> um programa. Na ótica <strong>de</strong> Ortiz e Marchamalo as mais importantes são:Producción. Se encarga fundamentalmente <strong>de</strong> facilitar la presencia <strong>de</strong> los invitadosen el programa, así como <strong>de</strong> solicitar y gestionar los medios técnicos precisos paraque su intervención sea posible (peticiones <strong>de</strong> transporte, unida<strong>de</strong>s móviles, dúplex,etc.). Redacción. Del área <strong>de</strong> redacción, resumiendo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> la selección,seguimiento y tratamiento <strong>de</strong> la información; elaboración <strong>de</strong> temas, entradillas,cuestionarios, reportajes, documentación, etc. Realización. El área <strong>de</strong> realización se
54ocupa <strong>de</strong>l montage y emisión <strong>de</strong>l programa 38 (ORTIZ; MARCHAMALO, 1997, p.102).O planejamento <strong>de</strong> um programa radiofônico, portanto, começa com a reunião <strong>de</strong>conteúdos. No radiojornalismo, especificamente, chama-se <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> pauta, quando sãoselecionados os temas, se <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m como o assunto será tratado levando-se em conta o tempo,os recursos humanos e técnicos que se dispõe para se organizar a produção. As informaçõesque chegam às redações do programa proce<strong>de</strong>m <strong>de</strong> diferentes fontes, através <strong>de</strong> releases <strong>de</strong>assessorias <strong>de</strong> imprensa, entrevistas coletivas, agências <strong>de</strong> notícias, e-mails, ligaçõestelefônicas, etc.Diante disso, a produção se encarrega <strong>de</strong> localizar fontes, entrevistados e gerirrecursos técnicos. A área <strong>de</strong> realização prepara, seleciona e coor<strong>de</strong>na a utilização <strong>de</strong> estúdiopara o programa, as gravações e a participação <strong>de</strong> repórteres. A próxima etapa é a busca <strong>de</strong>dados e informações concretas sobre o tema, <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> da redação. Deste modo, ainformação é trabalhada para que sua compreensão seja notória quando recebida pelo ouvinte.Esse é o processo convencional <strong>de</strong>ntro das redações das emissoras, porém, muitasvezes, não se concretiza como apontam as teorias. É muito frequente surgirem problemas <strong>de</strong>vários tipos tais como: notícias <strong>de</strong> última hora que precisam ir ao ar imediatamente,disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo da parte <strong>de</strong> entrevistados ou matérias, problemas técnicos porlocalização em alguns lugares. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exclusão <strong>de</strong> temas, <strong>de</strong> matérias, modificarblocos ou até um programa fazem parte do cotidiano das rádios. É <strong>de</strong>ssa forma que oprograma e os textos radiofônicos vão se modificando, e adaptando-se a novas situações.Verifica-se que, na história do rádio, um gênero po<strong>de</strong> criar o público alvo e outrasvezes o público alvo <strong>de</strong>termina o surgimento <strong>de</strong> certo gênero. Portanto, para se comunicarcom cada tipo <strong>de</strong> público, cada gênero em rádio foi criando seu próprio formato e sua próprialinguagem.Gênesis, em grego, significa gênero, origem, espécie. Aplicado ao rádio, o gêneroexpressa características gerais <strong>de</strong> um programa. Para Eduardo Meditschas teorias do rádio informativo têm se digladiado pela <strong>de</strong>finição da unida<strong>de</strong> mínima<strong>de</strong> sua linguagem (a palavra, a frase musical, o plano sonoro), mas estas38Produção. Encarrega-se, fundamentalmente, <strong>de</strong> facilitar a presença dos convidados no programa, assim como<strong>de</strong> solicitar e gerir os meios técnicos necessários para que sua intervenção seja possível (pedidos <strong>de</strong>transporte, unida<strong>de</strong>s móveis, duplex, etc.) Redação. Resumindo, da área <strong>de</strong> redação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> a seleção,seguimento e tratamento da informação; elaboração <strong>de</strong> temas, aberturas, questionários, reportagens,documentação etc. Realização. A área <strong>de</strong> realização ocupa-se da montagem e emissão do programa(Tradução do pesquisador).
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