33Re<strong>de</strong> Gaúcha Sat 22 que permite a reprodução <strong>de</strong> alguns programas, a transmissão <strong>de</strong> notíciasalém <strong>de</strong> esportes e jornadas esportivas.Outras duas significativas mudanças ocorreram a partir <strong>de</strong> primeiro <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<strong>de</strong> 2007, quando a rádio passou a operar vinte e quatro horas e também entrou na Re<strong>de</strong>Mundial dos Computadores, através do site www.radiomaristela.com.br. Essas mudanças naRádio Maristela, com o passar dos anos, revelam a preocupação da Igreja Católica em seatualizar à tecnologia e, por conseguinte, possibilitar o aumento da abrangência a emissora.2.3 A LINGUAGEM NA COMUNICAÇÃO RADIOFÔNICAEm reflexões iniciais procurou-se sublinhar alguns aspectos do rádio, bem como arelação entre a Igreja Católica e os meios <strong>de</strong> comunicação, em especial, com a rádio. Taisinferências ensejam-se como tentativa <strong>de</strong> matizar o objeto que motivou o percurso <strong>de</strong>stapesquisa, ou seja, edições do programa Bom Dia Litoral. Agora passamos a abordar aspectosda linguagem e num segundo momento as peculiarida<strong>de</strong>s da linguagem radiofônica.Conforme se <strong>de</strong>marcou, a rádio é um veiculo <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa, um meio <strong>de</strong>comunicação social e, como tal, um lugar construído para a linguagem e pela linguagem.Procura-se <strong>de</strong>stacar a linguagem como espaço <strong>de</strong> transgressão e <strong>de</strong> reflexão. Noprocesso da linguagem vão sendo construídos os discursos. Estes são, assim, construçãosocial. Sua análise, portanto, <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar seu contexto histórico-social além <strong>de</strong> suascondições <strong>de</strong> produção.22Re<strong>de</strong> <strong>de</strong> Rádio composta por mais <strong>de</strong> 150 emissoras que retransmitem o sinal da Rádio Gaúcha <strong>de</strong> PortoAlegre.
342.3.1 Reflexões sobre a linguagemA linguagem, segundo Bakhtin (1995), é sempre vista como um trabalho, uma prática<strong>de</strong> caráter institucional. Logo, na linguagem, o discurso refletirá uma visão <strong>de</strong> mundo<strong>de</strong>terminada, atrelada tanto aos autores como à socieda<strong>de</strong> em que vivem. Neste sentido, ao sepensar a linguagem, <strong>de</strong>vem-se consi<strong>de</strong>rar os discursos que <strong>de</strong>la advêm. Para Bakhtin, nestecontexto, a unida<strong>de</strong> linguística privilegiada é a enunciação. Na inscrição do discurso implicauma relação ativa <strong>de</strong> uma enunciação a outra. A respeito da apreensão da enunciação éoportuno consi<strong>de</strong>rar a enunciação ativa <strong>de</strong> “outrem”. Bakhtin comenta que a apreensãoapreciativa da enunciação <strong>de</strong> “outrem” se dá por meio <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> um discurso interior.Assim sendo, aquele que apreen<strong>de</strong> a enunciação <strong>de</strong> “outrem” não é um ser “privado dapalavra”, mas cheio <strong>de</strong> palavras interiores. Todo o “fundo perceptivo” (ativida<strong>de</strong> mental)daquele que apreen<strong>de</strong> o discurso <strong>de</strong> “outrem” é mediado pelo discurso interior, operando,assim, a junção com o discurso do exterior. Dessa forma, <strong>de</strong> acordo com Bakhtin, é no quadrodo discurso interior que se efetuam a apreensão, a compreensão e a apreciação da enunciação<strong>de</strong> “outrem”.Para Maingueneau (1997), a enunciação é classicamente <strong>de</strong>finida, a partir <strong>de</strong> outroteórico, Benveniste, como "o pôr a língua a funcionar através <strong>de</strong> um ato individual <strong>de</strong>utilização" (BENVENISTE, 1974, p. 80 apud MAINGUENEAU, 1997, p. 40-41).Enunciação opõe-se, assim, ao enunciado, tal como o ato se distingue do seu produto.A enunciação constitui o mote da relação entre a língua e o mundo: ela permiterepresentar os fatos no enunciado, constituindo ela própria um fato, um acontecimento único<strong>de</strong>finido no tempo e no espaço.Dessa forma, o enunciado <strong>de</strong>signa o produto do ato <strong>de</strong> enunciação. Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finidacomo a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação elementar, como uma sequencia verbal, uma palavra, oupalavras, dotadas <strong>de</strong> sentido e, sintaticamente, completas.Nesse sentido, Bakhtin salienta que[...] na realida<strong>de</strong>, toda palavra comporta duas faces. Ela é <strong>de</strong>terminada tanto pelofato <strong>de</strong> que proce<strong>de</strong> <strong>de</strong> alguém, como pelo fato <strong>de</strong> que se dirige para alguém. Elaconstitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte. Toda palavraserve <strong>de</strong> expressão a um em relação ao outro. Através da palavra, <strong>de</strong>fino-me emrelação ao outro, isto é, em última análise, em relação à coletivida<strong>de</strong>. A palavra éuma espécie <strong>de</strong> ponte lançada entre mim e os outros. Se ela se apóia sobre mimnuma extremida<strong>de</strong>, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. A palavra é umterritório comum do locutor e do interlocutor (BAKHTIN, 1995, p. 113).
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