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Nunca_fomos_humanos_-_nos_rastros_do_suj

Tomaz Tadeu da Silva

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verbo to assemble, por sua vez, será traduzi<strong>do</strong>, correspondente,<br />

por “agenciar” ou, em alguns casos, por “montar”,<br />

“reunir” ou “combinar”, nas suas diferentes formas<br />

verbais. Tenha-se em mente, entretanto, sua associação<br />

a assemblage (= agenciamento=montagem) (N. <strong>do</strong> T.).<br />

4<br />

Ao desenvolver o argumento deste ensaio e, em particular,<br />

ao utilizar o trabalho de Deleuze e Guattari, beneficiei-me<br />

enormemente da leitura da extensa meditação de Elizabeth<br />

Grosz sobre a analítica <strong>do</strong> corpo (1994). Embora me encontre<br />

em desacor<strong>do</strong> com algumas de suas conclusões, meu<br />

pensamento deve muito a suas esclarece<strong>do</strong>ras discussões. O<br />

trabalho de Deleuze e Guattari tem si<strong>do</strong> também utiliza<strong>do</strong><br />

em uma variedade de estu<strong>do</strong>s que eu não pude levar em<br />

conta aqui. Qualquer pessoa que esteja familiarizada com o<br />

trabalho de Deleuze reconhecerá imediatamente que eu resolvi<br />

compreender de maneira diferente alguns de seus conceitos<br />

e evitar muitos outros; por exemplo, o leitor não<br />

encontrará aqui qualquer “corpo sem órgãos” nem uma redução<br />

empiricista da problemática <strong>do</strong> desejo.<br />

5<br />

Devo enfatizar outra vez, aqui, como fiz em outras partes <strong>do</strong><br />

livro <strong>do</strong> qual este ensaio foi extraí<strong>do</strong> (ROSE, 1996), que afirmar<br />

que a subjetividade é tecnológica não significa alinhar-se<br />

com as vigorosas críticas sobre os efeitos malig<strong>nos</strong> da ordem<br />

tecnológica sobre a subjetividade mais estreitamente associadas<br />

com os escritores da Escola de Frankfurt. A tecnologia<br />

não esmaga a subjetividade – ela produz a possibilidade de<br />

que os <strong>huma<strong>nos</strong></strong> se relacionem consigo mesmos como <strong>suj</strong>eitos<br />

de certo tipo, bem como as possibilidades de que eles<br />

resistam ou recusem certos regimes de subjetivação.<br />

6<br />

Quan<strong>do</strong> estava concluin<strong>do</strong> este ensaio, tomei conhecimento<br />

da coletânea de Constantin Boundas e Dorothea Olkowski<br />

(1994) sobre Deleuze, ten<strong>do</strong>-me beneficia<strong>do</strong>, em<br />

particular, <strong>do</strong> capítulo escrito por Boundas (1994).<br />

7<br />

Lembro-me, aqui, em particular, das formas pelas quais Donna<br />

Haraway liga o empreendimento da primatologia com a<br />

escrita da ficção científica, e como essa última imagina outras<br />

formas de relações entre as criaturas (1989, especialmente<br />

capítulo 16).<br />

8<br />

A referência à retórica, aqui, deveria indicar que tampouco<br />

devemos colocar a fala no la<strong>do</strong> da natureza.<br />

9<br />

Beneficiei-me aqui da leitura de um capítulo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, a<br />

199

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