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"A Herança das Minas Abandonadas - O Enquadramento e a Situação em Portugal"
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A Herança das Minas Abandonadas 171<br />
• A primeira é uma questão premente no contexto actual das restrições financeiras que afectam praticamente a generalidade dos países e que<br />
constitui o maior desafio que se coloca para a concretização das intervenções decididas por cada Estado. Exige a adopção de mecanismos<br />
financeiros criativos capazes não só de mobilizar fundos das mais diversas origens como de garantir a estabilidade da sua disponibilização.<br />
Mas porque se trata de um plano de actuação que deve ser cumprido em período temporal definido, cabe a cada Estado, dentro das suas possibilidades,<br />
fazer reflectir nos seus orçamentos anuais, a vontade de verem eliminados dos seus territórios tais passivos, adoptando, eventualmente,<br />
o recurso a vias complementares de financiamento como o da afectação à recuperação ambiental de receitas das actuais explorações de recursos<br />
minerais, designadamente por via de uma parcela dos “royalties” que as empresas pagam aos Estados pela utilização de bens do domínio público.<br />
• A devolução das áreas recuperadas à sociedade, deve constituir um objectivo fundamental da reabilitação, pois, só assim, para a generalidade<br />
dos casos, fará sentido todo o esforço técnico e financeiro colocado nos projectos. Há que sensibilizar para o efeito, sobretudo, o poder local,<br />
envolvendo-o nos processos.<br />
Esta abordagem revela bem a importância que tem que ser dada a esta temática também a nível da EU. Naturalmente, pode-se assumir que, numa<br />
lógica de compromisso geracional e entre Estados, o financiamento dos programas de reabilitação de cada país possa ser reforçado pelo lançamento<br />
de um mecanismo global de apoio específico para a remediação ambiental das minas órfãs e abandonadas no espaço europeu.<br />
Assim sendo, não é de excluir e é mesmo lícito antever que será necessário, a partir deste momento, envidar todos os esforços para que no próximo<br />
Quadro Comunitário de Apoio (QCA) este tema assuma relevância específica com dotações financeiras autónomas.<br />
period; this, particularly when<br />
exposed to the weather, requires<br />
time to be adapted and<br />
to be properly integrated in the<br />
natural ecosystem.<br />
Any recovery model of abandoned<br />
mining areas comprises two other<br />
features deserving consideration<br />
the funding of the recovery and<br />
the return of rehabilitated areas<br />
to society:<br />
• The first is a vital issue in the<br />
current context of financial<br />
constraints generally affecting<br />
countries and represents the<br />
greatest challenge that faces<br />
the implementation of interventions<br />
determined by each State.<br />
Calls for creative financing<br />
mechanisms that are not just<br />
able to muster funds from various<br />
sources but also to ensure<br />
the stability of their availability.<br />
But because it is an action plan<br />
that must be met in a definite<br />
time period, it is up to each<br />
State, within its capabilities, to<br />
include in their annual budgets,<br />
the funds required to remove<br />
such liabilities from their territories,<br />
adopting, if appropriate,<br />
the use of complementary forms<br />
of financing such as the allocation<br />
of revenue to environmental<br />
refurbishment arising from the<br />
exploit of current mineral resources,<br />
including, for instance,<br />
a share of the royalties that<br />
companies pay to States for the<br />
use of public domain property.<br />
• The return of reclaimed areas to<br />
society must be a fundamental<br />
target of rehabilitation, since<br />
in most cases, only then will all<br />
the effort put in technical and financial<br />
projects make sense. The<br />
awareness of local authorities<br />
must be especially targeted, involving<br />
them in the proceedings.<br />
This approach reveals the importance<br />
that has to be given to this<br />
issue also at EU level. It can of course<br />
be assumed that in the logic of generational<br />
loyalty and commitment<br />
between states, the funding of rehabilitation<br />
programs in each country<br />
can be strengthened by the launch<br />
of a global mechanism for specific<br />
support of environmental recovery<br />
of orphaned and abandoned mines<br />
in Europe.<br />
Therefore, it is not impossible and<br />
it is even permissible to anticipate<br />
that it will be necessary, from this<br />
moment on, to make every effort<br />
to ensure that the next Community<br />
Support Framework (CSF) considers,<br />
with particular relevance, an autonomous<br />
funding to solve this issue.