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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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nhum poder transformador, as próprias<br />

professoras e professores com suas<br />

próprias demandas, dúvidas, necessidades...<br />

penso que a carga de responsabilidade<br />

da escola <strong>por</strong> promover mudanças<br />

também precisa ser diminuída.<br />

Entendo a educação como algo maior<br />

que apenas a escolarização e as revistas<br />

como espaço educativo, assim como<br />

tantos outros como: igrejas, clubes, televisão,<br />

movimentos sociais, sindicatos,<br />

etc...”, acrescenta.<br />

Perda do cabelo<br />

O cabelo faz parte da nossa identidade<br />

e reflete, <strong>por</strong>tanto, nossas transformações<br />

internas. Assim, se estamos<br />

com problemas hormonais, emocionais<br />

ou de outra ordem, muitas vezes, o<br />

cabelo denuncia, podendo ficar mais<br />

seco, rebelde ou até sofrer quedas − o<br />

que causa, ainda, maior desconforto<br />

nas mulheres.<br />

De acordo com a psicóloga Ada<br />

Ferreira, perder o cabelo interfere na<br />

autoestima. Segundo ela, muitas mulheres<br />

podem desistir dos contatos so-<br />

ciais, familiares, profissionais ao enfrentarem<br />

as mudanças com a perda<br />

parcial ou total de cabelo ocasionada<br />

pela idade, <strong>por</strong> hereditariedade, <strong>por</strong><br />

um tratamento de saúde ou mesmo <strong>por</strong><br />

um tratamento de beleza”, afirma.<br />

A reação de cada mulher vai depender<br />

do que ela está vivendo e de<br />

como consegue enfrentar sua realidade.<br />

“Já atendi pacientes que estavam no<br />

pré-operatório de uma cirurgia neurológica<br />

e sofriam muito <strong>por</strong> pensar<br />

na possibilidade de acordar após a cirurgia<br />

e não ter mais o cabelo. Outras,<br />

<strong>por</strong> saberem da mudança, se preparam<br />

antes, cortando o cabelo bem curto ou<br />

até mesmo raspando a cabeça”, conta<br />

Ada Ferreira, que considera normal<br />

esse sofrimento.<br />

“Vivemos numa sociedade que cultua<br />

o cabelo como algo im<strong>por</strong>tante; a indústria<br />

de cosméticos lança a cada dia<br />

novos produtos e nós, consumidores,<br />

queremos estar na moda. Então, perder<br />

os cabelos é sinal também de impotência,<br />

ainda mais se a perda for ocasionada<br />

<strong>por</strong> um tratamento de saúde.<br />

Para enfrentar este problema, a mulher<br />

precisa trabalhar sua autoestima, buscando<br />

um su<strong>por</strong>te psicoterápico, lidando<br />

com as questões emocionais que podem<br />

surgir e conversando também com as<br />

pessoas que estão mais próximas. Claro<br />

que cada mulher vai enfrentar sua mudança<br />

de uma forma, não é possível<br />

esperar que todas enfrentem da mesma<br />

maneira. Mas, estar aberta para falar<br />

dos medos, angústias, anseios já é um<br />

caminho para o enfrentamento e a<br />

aceitação”, avalia.<br />

Foi o que fez S.M, de 43 anos, ao<br />

longo de um tratamento de quatro<br />

anos, à espera de uma transfusão de<br />

medula, feita recentemente, com sucesso.<br />

Segundo ela, foram várias as experiências<br />

vivenciadas, incluindo a queda<br />

de cabelo <strong>por</strong> duas vezes. “Raspei o cabelo<br />

antes que ele começasse a cair,<br />

pois é horrível a sensação. Tive momentos<br />

de não querer aparecer em público,<br />

outros de curtir o uso de chapéu,<br />

lenços variados e até andar com a<br />

careca de fora. Tudo dependia do meu<br />

humor no dia. Não foi fácil e posso<br />

dizer que além de buscar fortalecer a<br />

espiritualidade e a alimentação, a psicoterapia<br />

foi fundamental para me dar<br />

um su<strong>por</strong>te nesta fase,” conta.<br />

“Raspei o cabelo<br />

antes que ele<br />

começasse a cair,<br />

pois é horrível a<br />

sensação”<br />

LUCIANA CAPIBERIBE<br />

Rosinete Rodrigues, Maria do Socorro, Deputada Janete Capiberibe e Tereza<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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