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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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30<br />

Entre as propostas do projeto de<br />

iniciativa popular, Aldo Arantes destaca<br />

a que se refere ao financiamento de<br />

campanha. “A influência do poder econômico<br />

nas eleições, mais especificamente<br />

o papel das empresas privadas<br />

é um grave problema. Em 2014, o volume<br />

de recursos foi de 5 bilhões de<br />

reais; só para eleição de deputados federais<br />

foi de 1 bilhão de investimento,<br />

sendo que 77% foi contribuição de<br />

empresa. E aí está a gravidade da situação.<br />

A empresa contribui, mas<br />

depois quer contrapartida”, ressalta<br />

Aldo Arantes ao reforçar que o financiamento<br />

de campanha <strong>por</strong> empresas<br />

degrada o sistema político na medida<br />

em que é o canal de corrupção eleitoral.<br />

“O que vemos é essa situação produzir<br />

uma mágica de conteúdo antidemocrático:<br />

o poder do dinheiro faz com<br />

que a minoria da sociedade, os poucos<br />

que têm muito dinheiro, se transforme<br />

em maioria no Congresso e a maioria,<br />

ou seja, os professores, estudantes, trabalhadores<br />

em geral, desempregados,<br />

se tornem a minoria no Congresso.<br />

Por isso, propomos a proibição do financiamento<br />

de campanha <strong>por</strong> empresa<br />

e propomos a adoção do financiamento<br />

democrático: público, mas que permite<br />

financiamento de pessoa física, desde<br />

que limitado a R$700,00 <strong>por</strong> pessoa<br />

e, na somatória, não mais de 40% da<br />

contribuição pública”, explica.<br />

Outro ponto im<strong>por</strong>tante do projeto<br />

defendido pela Coalizão é o fim do sistema<br />

de votação em lista aberta, com<br />

a realização de eleições <strong>por</strong> um sistema<br />

pro<strong>por</strong>cional em lista pré-ordenada e<br />

em dois turnos. “No primeiro, eleição<br />

em torno de propostas do partido, de<br />

ideias. E, no segundo turno, o eleitor<br />

escolhe o seu candidato. Isso fortalecerá<br />

ARQUIVO PESSOAL<br />

os partidos, grandes ou pequenos, que<br />

realmente têm representação da sociedade,<br />

impedindo os tais partidos de<br />

aluguel, reduzirá o custo das campanhas<br />

e a quantidade de candidato, permitindo<br />

uma efetiva fiscalização eleitoral. Com<br />

base no quociente eleitoral você define<br />

o número de candidatos e esse será o<br />

objeto da escolha da sociedade, no segundo<br />

turno”, explica.<br />

E para aumentar a representação<br />

feminina, o projeto de iniciativa popular<br />

propõe a alternância de gênero na<br />

composição da lista partidária, visando<br />

garantir que 50% dos cargos sejam<br />

ocupados <strong>por</strong> mulheres. De acordo<br />

com Aldo Arantes, a paridade garantirá<br />

um homem e uma mulher no primeiro<br />

turno e, no segundo turno, o<br />

eleitor escolhe.<br />

Para Vic Barros, presidenta da União<br />

Nacional dos Estudantes (UNE), uma<br />

reforma política precisa estar sintonizada<br />

com o problema da sub-representação<br />

de parc<strong>elas</strong> significativas da população.<br />

“Nós, mulheres, somos maioria da população,<br />

mas temos pequena participação<br />

na composição do Congresso. Os<br />

pretos e os pardos também são maioria<br />

e sua participação ainda é menor que a<br />

das mulheres; assim como trabalhadores<br />

e trabalhadoras do país. Vimos que<br />

cresceu a bancada empresarial, do agronegócio,<br />

etc. Precisamos de medidas,<br />

do ponto de vista legal, que garantam<br />

que a diversidade da nossa população<br />

esteja representada no Congresso Nacional<br />

<strong>por</strong> meio de uma reforma. Com<br />

uma reforma política, acredito que daremos<br />

um salto significativo para aproximar<br />

o Congresso da identidade do<br />

nosso povo”, afirma.<br />

www.reformapoliticademocratica.org.br<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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