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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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menina menstruou e entrou num processo<br />

que culminará no casamento e o<br />

lenço no cabelo é um sinal de submissão<br />

ao marido”, descreve.<br />

LAIS RODRIGUES<br />

Um outro olhar<br />

A fotógrafa Laís Rodrigues é vizinha<br />

da comunidade cigana do bairro São<br />

Gabriel. Atualmente desenvolve um<br />

trabalho que retrata o dia a dia das<br />

pessoas que moram ali, com o objetivo<br />

de dar mais visibilidade às demandas<br />

sociais. Ela conta que superou alguns<br />

preconceitos para se aproximar. “Minha<br />

família mora no bairro há 40 anos,<br />

sempre os vi e ouvi histórias sobre<br />

eles, mas precisei crescer, amadurecer,<br />

para conhecê-los de fato. Foi uma boa<br />

surpresa. Tive a certeza de que não<br />

eram nada do que falavam <strong>por</strong> aí. Primeiro,<br />

é impossível não se encantar<br />

com o quanto são receptivos. Segundo,<br />

muitos amam ser fotografados, principalmente<br />

as crianças. Eles acreditam<br />

no poder da imagem. Dizem: – Pode<br />

fotografar, claro! Ajuda a gente!<br />

Ao citar o papel das mulheres, Laís<br />

é cuidadosa. “Às vezes, evito falar<br />

muito sobre minha impressão <strong>por</strong>que<br />

venho de uma cultura diferente. Muita<br />

gente critica o fato de terem traços<br />

machistas. Descobri que muitas coisas<br />

são boatos, não existem mais. Algumas,<br />

ainda sim. E aí me pergunto se <strong>por</strong><br />

acaso esqueceram que milhares de outras<br />

sociedades também são patriarcais<br />

(pra não falar todas)”. A fotógrafa diz<br />

não se sentir no direito de julgar o<br />

modo de viver da comunidade. “Não<br />

podemos interferir, assim como não<br />

mudamos a cultura das tribos indígenas,<br />

mesmo que para nós seja algo ‘errado’.<br />

Os costumes são deles”.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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