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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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74<br />

MARK FLOREST<br />

O professor explica que nesse universo<br />

de contradições e mitos, a imagem<br />

da mulher cigana é cheia de nuances.<br />

Enquanto o homem nega a sua identidade,<br />

em alguns casos, para fugir do<br />

preconceito, <strong>elas</strong> precisam de indumentária<br />

típica para exercer o papel<br />

de uma figura mística e enigmática,<br />

principalmente, quando o seu trabalho<br />

está voltado para as questões esotéricas<br />

como a leitura de mãos (quiromancia)<br />

e de cartas (cartomancia).<br />

Mulheres Calon<br />

vivem sob as<br />

regras da tradição<br />

“Somos muito diferentes<br />

das outras mulheres.<br />

A questão do respeito<br />

aos pais e ao esposo é<br />

uma tradição que<br />

guardamos”.<br />

Cristina Amaral<br />

Em Minas Gerais, desde a sua chegada<br />

e apesar das muitas restrições relativas<br />

à ocupação do espaço <strong>por</strong> essas<br />

comunidades ciganas, a etnia Calon resistiu<br />

e é maioria entre os acampamentos<br />

no estado. Lutam <strong>por</strong> seus direitos e<br />

pela manutenção de sua cultura.<br />

“O que era não deixa de ser; modifica.<br />

Cigano nunca deixa de ser cigano”.<br />

A frase é de Carlos Amaral,<br />

líder da comunidade de ciganos da<br />

etnia Calon, situada no bairro São Gabriel<br />

em Belo Horizonte. São cerca de<br />

100 famílias que moram no lugar há<br />

mais de 30 anos. As mudanças na<br />

forma de viver trouxeram o desafio de<br />

enfrentar as interferências culturais sofridas<br />

ao longo dos anos e manter a<br />

identidade cultural do grupo.<br />

O nomadismo deixou de ser uma<br />

necessidade. Em 2014, conquistaram<br />

a posse do terreno. Moram em barracas<br />

e casas simples em meio à metrópole,<br />

contudo, tentam manter tradições ancestrais.<br />

Na comunidade Calon são os<br />

homens que ditam as regras. Eles cuidam<br />

dos negócios e da organização<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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