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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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em situação de violência, incluindo delegacia,<br />

juizado, defensoria, promotoria,<br />

equipes psicossociais e de orientação<br />

para emprego e renda, além de brinquedoteca<br />

e área de convivência.<br />

“Hoje a mulher vai à delegacia e<br />

fica quatro, cinco horas esperando.<br />

Até sair a medida protetiva, demora<br />

48 horas. Depois ela tem que ir ao juizado,<br />

demora mais um dia. Depois na<br />

defensoria. Então, ela termina tirando<br />

cinco dias para poder cuidar disso. Na<br />

Casa, vai ser um dia só”, ressaltou a<br />

secretária de Enfrentamento à Violência<br />

da SPM/PR, Aparecida Gonçalves.<br />

Em fevereiro de <strong>2015</strong>, a presidenta<br />

Dilma Rousseff participou da inauguração<br />

da primeira Casa da Mulher Brasileira,<br />

em Campo Grande, Mato Grosso do<br />

Sul. A previsão do Governo Federal é<br />

de implantar, até 2016 uma Casa em<br />

cada capital do País, até 2016, exceto<br />

Recife, que não aderiu ao programa.<br />

Campanha educativa<br />

A Campanha Quem ama, abraça<br />

ocupou-se, em 2013/14, com “o fortalecimento<br />

do espaço escolar como<br />

campo privilegiado para reflexão e<br />

superação das diferentes formas de<br />

violência contra a mulher – simbólicas<br />

ou explícitas – presentes no cotidiano<br />

das crianças e jovens”. Segundo a<br />

Campanha, “a função social da escola<br />

é extremamente relevante pela possibilidade<br />

de que, ao disseminar valores<br />

através de sua atuação pedagógica,<br />

pode instrumentalizar crianças e jovens<br />

para o exercício real da cidadania” e<br />

para a superação das desigualdades de<br />

gênero.<br />

O site www.quemamaabraca.org.br<br />

disponibiliza informações, atividades,<br />

clipes musicais e jogos que professores<br />

podem utilizar com seus alunos para<br />

promover a conscientização e a discussão<br />

sobre o enfrentamento à violência<br />

contra as mulheres.<br />

“Quem ama, ajuda. Quem ama,<br />

agrada. Dá carinho e dá calor.<br />

Quem ama, cuida. Quem ama,<br />

abraça. Não maltrata o seu amor.”<br />

Trecho do clip da Campanha, que teve a participação<br />

de vários artistas<br />

Feminicídio<br />

agora é crime<br />

hediondo<br />

A presidenta Dilma Rousseff sancionou<br />

no dia 9 de março, a Lei do<br />

Feminicídio. Com isso, passou a ser<br />

considerado crime hediondo o assassinato<br />

de mulheres decorrente de violência<br />

doméstica ou de discriminação<br />

de gênero. O anúncio de que a lei<br />

seria sancionada foi feito no último dia<br />

8 de março, em comemoração ao Dia<br />

Internacional da Mulher, em um pronunciamento<br />

realizado na rádio e TV.<br />

A lei que tipifica o feminicídio como<br />

homicídio qualificado e o inclui no rol<br />

de crimes hediondos é considerada <strong>por</strong><br />

especialistas ouvidas pela Agência Brasil,<br />

um avanço na luta pelos direitos das<br />

mulheres. Para a representante da<br />

ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman,<br />

a aprovação do projeto representa<br />

avanço político, legislativo e social.<br />

“Temos falado há muito tempo da<br />

im<strong>por</strong>tância de dar um nome a esse<br />

crime. A aprovação coloca o Brasil<br />

como um dos 16 países da América<br />

Latina que identificam o crime com<br />

nome próprio”, disse.<br />

O texto modifica o Código Penal<br />

para incluir o crime – assassinato de<br />

mulher <strong>por</strong> razões de gênero – entre<br />

os tipos de homicídio qualificado. Prevê<br />

também o aumento da pena em um<br />

terço se o assassinato acontecer durante<br />

a gestação ou nos três meses posteriores<br />

ao parto; se for contra adolescente<br />

menor de 14 anos ou contra uma pessoa<br />

acima de 60 anos ou, ainda, contra<br />

uma pessoa com deficiência. A pena é<br />

agravada também quando o crime for<br />

cometido na presença de descendente<br />

ou ascendente da vítima.<br />

O projeto de Lei 8305/14 do Senado<br />

foi elaborado pela Comissão Parlamentar<br />

Mista de Inquérito (CPMI) da<br />

Violência contra a Mulher. Na justificativa<br />

do projeto de lei, a CPMI destacou<br />

que, de 2000 a 2010, 43,7 mil mulheres<br />

foram assassinadas no Brasil,<br />

sendo que mais de 40% das vítimas<br />

foram mortas dentro de suas casas,<br />

muitas pelos companheiros ou ex-companheiros.<br />

Além disso, a comissão informou<br />

que a estatística colocou o<br />

Brasil na sétima posição mundial de<br />

assassinatos de mulheres.ø<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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