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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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ciedade passa a te olhar com mais respeito,<br />

a escola cresce e os alunos ficam<br />

mais confiantes e mais motivados, enfim,<br />

todos ganham”, relata. Segundo<br />

ela, ser professora não é uma tarefa<br />

fácil, mas é gratificante. “Gosto muito<br />

do que faço. O que eu sei fazer é dar<br />

aula. Quando você vê que uma ação<br />

sua fez a diferença na vida das pessoas,<br />

é a melhor realização, é um prêmio.<br />

Apesar dos desafios, eu ainda acredito<br />

muito na educação”, completa Marli.<br />

Aula de cidadania<br />

Outra professora mineira reconhecida<br />

pelo Prêmio Professores do Brasil<br />

é Soraya Amaral Nantes de Castilho.<br />

Ela é professora de Química na Escola<br />

Estadual Benedito Ferreira Calafiori,<br />

em São Sebastião do Paraíso, no Sul<br />

de Minas. Seu projeto Ditão em ação:<br />

descarte de pilhas e baterias foi desenvolvido<br />

com cerca de 200 alunos<br />

do 3º ano do Ensino Médio.<br />

Ao longo de 2013, eles recolheram<br />

cerca de 400 quilos de pilhas e baterias<br />

e cuidaram do envio do material para<br />

uma empresa de reciclagem. O projeto<br />

nasceu quando a professora Soraya<br />

constatou o desconhecimento dos alunos<br />

sobre o funcionamento e a composição<br />

desses produtos e, principalmente,<br />

sobre como descartá-los no fim<br />

de sua vida útil. Foi preciso então estudar<br />

a teoria, assistir a vídeos e colocar<br />

em prática as ideias que surgiram. Os<br />

alunos construíram, então, baterias rudimentares<br />

com limões e batatas, criaram<br />

panfletos sobre reciclagem e uma<br />

música sobre o descarte correto de pilhas<br />

e baterias. Também criaram coletores<br />

(papa-pilhas) e hoje há dezenas<br />

deles espalhados pela cidade.<br />

Soraya Amaral conta que o projeto<br />

mudou sua forma de atuar na escola e<br />

na vida. “Hoje me sinto cada vez mais<br />

responsável pelos problemas ambientais<br />

ao meu redor. Continuo procurando<br />

parcerias para ampliar o projeto a fim<br />

de informar, sensibilizar e aumentar a<br />

consciência ambiental de novos alunos<br />

e da população”, relata. Assim, ela<br />

continua a incentivar a criação de mais<br />

postos de recolhimento de pilhas e baterias<br />

em sua cidade. “Precisamos evitar<br />

o descarte na natureza de metais pesados,<br />

tão prejudiciais à sustentabilidade<br />

do planeta e à saúde da humanidade”,<br />

observa. Com sua visão consciente, a<br />

professora Soraya dá uma aula de cidadania.<br />

“O papel do professor é garantir<br />

a aprendizagem, criar possibilidades<br />

de construção do conhecimento,<br />

transmitir valores, atitudes e habilidades,<br />

mas, sobretudo, acreditar no potencial<br />

dos alunos, permitindo-lhes crescer<br />

como pessoas, como cidadãos e como<br />

futuros trabalhadores”, completa.<br />

ARQUIVO PESSOAL<br />

Professora<br />

conta que foi<br />

influenciada <strong>por</strong><br />

outras mulheres<br />

a seguir a<br />

profissão<br />

Fernanda Gontijo de Abreu (foto),<br />

professora de Língua Portuguesa de<br />

uma escola particular de BH, escolheu<br />

a profissão inspirada <strong>por</strong> sua mãe professora<br />

e <strong>por</strong> sua rica vivência com<br />

suas professoras desde a infância. Por<br />

sua atuação diferenciada e integrada à<br />

equipe de professores da escola, ela<br />

recebeu o Prêmio Educa Minas para<br />

a Diversidade, em dezembro de 2014.<br />

Nessa entrevista, ela conta um pouco<br />

de sua trajetória no ambiente escolar,<br />

expõe sua crença no papel transformador<br />

da educação, e repercute os<br />

desafios encontrados p<strong>elas</strong> professoras<br />

para exercer a profissão.<br />

Como surgiu o interesse pela<br />

profissão?<br />

Desde criança, tenho um envolvimento<br />

especial com o ambiente escolar.<br />

Um dos motivos é o fato de eu ser<br />

filha de professora. Minha mãe lecionou<br />

<strong>por</strong> anos no ensino infantil do tradicional<br />

Instituto de Educação de Belo Horizonte<br />

em uma época em que ali se apostava<br />

na ampla formação do aluno: refirome,<br />

obviamente, não apenas à formação<br />

cognitiva, mas a que também<br />

levava seriamente em conta a emoção,<br />

a sociabilidade e o desenvolvimento<br />

dos valores éticos, o que fazia a equipe<br />

docente investir criteriosamente no<br />

saber lúdico e inventivo, na alegria da<br />

convivência na escola, na leitura crítica<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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