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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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a exercer essa função no evento, criado<br />

há 18 anos. Arquiteta de formação, a<br />

ilustradora pretende lançar neste ano<br />

sua primeira HQ, intitulada Beco do<br />

Rosário, em que a narrativa se passa<br />

na década de 20, em Porto Alegre, e<br />

traz uma personagem negra como protagonista<br />

– Vitória Azambuja, uma escritora<br />

que vai colocar seu talento a<br />

serviço dos que estão sendo despejados<br />

de suas casas para a abertura das grandes<br />

avenidas. “Acho que o principal<br />

desafio é quebrar esta barreira do mercado,<br />

que tenta nos inserir em um<br />

nicho, de que história feita <strong>por</strong> mulher<br />

é apenas para mulher. Fazemos histórias<br />

para todo mundo”, afirma.<br />

Polêmicas à parte, é fato que <strong>elas</strong><br />

têm conquistado mais espaço até mesmo<br />

no mercado editorial, ainda que timidamente,<br />

graças ao talento e à divulgação<br />

na internet. Bianca Pinheiro ilustra bem<br />

isso. Depois de ganhar visibilidade na<br />

web, a ilustradora e quadrinista recebeu<br />

o convite da editora Nemo para publicar<br />

um de seus trabalhos, o Bear, a simpática<br />

história da pequena Raven que, após<br />

se perder de seus pais, encontra o urso<br />

Dimas, que a ajuda na sua busca. O<br />

livro já está no segundo volume. “A<br />

gente aprende desde cedo que não há<br />

mulheres nos quadrinhos. Mas a arte é<br />

do ser humano, independentemente de<br />

gênero. Então, se há algum papel [dela<br />

no universo dos quadrinhos], é o de<br />

inspirar outras mulheres, para mostrar<br />

ao mundo o nosso trabalho também”,<br />

opina. Bianca Pinheiro também retomou<br />

na internet o projeto Pequenas satisfações<br />

humanas, com a publicação diária<br />

de um desenho com pequenos prazeres,<br />

e publicou neste ano, de forma<br />

alternativa, outro HQ, o Dora, em que<br />

uma mãe tenta defender a filha da acusação<br />

de ter matado quinze pessoas.<br />

Fernanda Torquato seguiu o mes -<br />

mo caminho. Depois de publicar seus<br />

trabalhos na internet, a quadrinista lançou<br />

pela mesma editora, no início deste<br />

ano, o Gata Garota, história inspirada<br />

em dois dos cinco gatos de estimação<br />

que cria em casa. “As mulheres estão<br />

se interessando mais e produzindo<br />

mais, e as grandes editoras estão preocupadas<br />

em publicar histórias feitas <strong>por</strong><br />

nós <strong>por</strong>que precisam atender à demanda<br />

crescente de leitoras”, avalia<br />

Samanta Coan. Segundo a pesquisa-<br />

dora e historiadora Natânia Nogueira,<br />

apesar dos obstáculos, o cenário é promissor<br />

para as mulheres, sejam <strong>elas</strong><br />

leitoras ou profissionais da arte se -<br />

quencial. “A sociedade é muito injusta<br />

em relação ao trabalho feminino.<br />

Ainda há muita resistência, mas a participação<br />

das mulheres está crescendo<br />

bastante. Até na área da pesquisa. Temos<br />

uma associação de pesquisadores.<br />

Dos 43 membros, 15 são mulheres, e<br />

a tendência é aumentar”, c ome mora<br />

Natânia Nogueira.<br />

Samara Horta, Mariamma Fonseca e Samanta Coan, do Lady’s Comics.<br />

POLLYANA BITENCOURT<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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