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Revista Elas por elas 2015

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

A revista sobre gênero Elas por Elas foi criada, em 2007, com o objetivo de dar voz às mulheres e incentivar a luta pela emancipação feminina. A revista enfatiza as questões de gênero e todos os temas que perpassam por esse viés. Elas por Elas traz reportagens sobre mulheres que vivenciam histórias de superação e incentivam outras a serem protagonistas das mudanças, num processo de transformação da sociedade. A revista aborda temas políticos, comportamentais, históricos, culturais, ambientais, literatura, educação, entre outros, para reflexão sobre a história de luta de mulheres que vivem realidades diversas.

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3<br />

<strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>elas</strong> mesmas<br />

Em sua oitava edição, a revista <strong>Elas</strong><br />

<strong>por</strong> <strong>Elas</strong> traz muitas histórias de mulheres<br />

que vivem realidades diversas.<br />

São ciganas, circenses, escritoras, sindicalistas,<br />

cabeleireiras, professoras,<br />

políticas, quadrinistas, presidiárias, feministas,<br />

etc. Não im<strong>por</strong>ta quais papéis<br />

exerçam na vida ou na sociedade, são<br />

mulheres de fibra que enfrentam o desafio<br />

de lutar contra o machismo, a<br />

violência e a discriminação.<br />

<strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>elas</strong> mesmas descrevem a<br />

dor e a delícia de serem mulheres. E<br />

assim, como numa colcha de retalhos<br />

multicolorida, essas diferentes vivências<br />

nos trazem encantamento e im<strong>por</strong>tantes<br />

reflexões sobre o universo feminino.<br />

Cabelo, imagem, maternidade, sexualidade,<br />

educação, violência, seja qual<br />

for o tema abordado, em todas as re<strong>por</strong>tagens<br />

há sempre uma personagem<br />

guerreira. Uma mulher que superou<br />

desafios, que foi à luta, que não esmorece<br />

diante de uma sociedade que dá<br />

passos lentos em direção à igualdade<br />

de gênero.<br />

Ser mãe em situação adversa é um<br />

dos destaques dessa edição. Falamos<br />

das mães que vivem nas ruas e convivem<br />

com as drogas, das que são impedidas<br />

de parir em sua própria cidade, das<br />

que sofrem restrição de liberdade e<br />

são obrigadas a se separar de seus<br />

filhos, assim como daqu<strong>elas</strong> que tornam<br />

suas as crianças que outras mães não<br />

puderam cuidar. São mulheres de coragem<br />

e mães <strong>por</strong> vocação.<br />

A revista traz a triste realidade das<br />

mulheres em situação de abandono<br />

nas ruas, assim como aborda o mundo<br />

controverso das ciganas e das mulheres<br />

que vivem no circo. Também debatemos<br />

sobre a participação das mulheres no<br />

sindicalismo e na política, um universo<br />

onde as mulheres driblam o machismo<br />

e sonham em ocupar cada vez mais<br />

espaços de poder.<br />

O feminismo também é evidenciado<br />

<strong>por</strong> uma nova geração de mulheres na<br />

América Latina que, a exemplo das lutadoras<br />

do passado pela emancipação<br />

feminina, são aguerridas e fazem a<br />

gente acreditar que o futuro pode ser<br />

diferente. A propósito, esse ano faz<br />

20 anos que feministas de todo o mundo<br />

se encontraram em Pequim para a<br />

conferência da ONU que estabeleceu<br />

uma plataforma de ações pela igualdade<br />

de gênero. Nesse cenário, a violência<br />

ainda é um dos maiores desafios a<br />

serem enfrentados. A notícia boa é<br />

que no Brasil a Lei Maria da Penha reduziu<br />

em 10% os homicídios contra as<br />

mulheres e o feminicídio se tornou<br />

crime hediondo.<br />

Com cada vez mais exemplos de<br />

autoestima, beleza, raça e cultura, as<br />

mulheres negras têm seu espaço<br />

garantido na revista, pois suas bandeiras<br />

são de todos/as que lutam <strong>por</strong> uma<br />

sociedade mais justa e igualitária. Também<br />

estamos de olho na aplicação da<br />

lei 10.639, que determina o ensino de<br />

história e cultura afro-brasileira e africana<br />

em todas as escolas do país, e<br />

recomendamos a leitura da entrevista<br />

com a professora Mara Evaristo. Na<br />

literatura, a história imperdível é a da<br />

catadora de papel que virou escritora<br />

com repercussão internacional. Carolina<br />

de Jesus foi uma idealista que,<br />

mesmo diante do preconceito <strong>por</strong> ser<br />

mulher, negra e favelada não desistiu<br />

de seus sonhos.<br />

Com tantas histórias e exemplos,<br />

desejamos que essa publicação seja<br />

mais que um entretenimento. Possa<br />

ser um material de reflexão e instrumento<br />

para a educação e formação de<br />

uma consciência pela igualdade e diversidade<br />

de gênero, raça/etnia e sexo.<br />

Boa leitura!<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Elas</strong> <strong>por</strong> <strong>Elas</strong> - Abril <strong>2015</strong>

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