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edição de 15 de abril de 2024

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Fotos: Divulgação<br />

Márcio <strong>de</strong> Lima Leite, da Anfavea e Stellantis: empregos<br />

Lívia Kinoshita, da Volkswagen: memória e coração<br />

Carlos Murilo Moreno, da ESPM: Brasil está atrasado<br />

Aumentará para 25% em 2025 e 35%<br />

no ano seguinte. O mercado não gostou,<br />

mas arrefeceu queixas após o anúncio do<br />

Programa Nacional <strong>de</strong> Mobilida<strong>de</strong> Ver<strong>de</strong><br />

e Inovação (Mover), apresentado pelo<br />

presi<strong>de</strong>nte Luiz Inácio Lula da Silva no dia<br />

30 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2023 por meio <strong>de</strong> medida<br />

provisória (MP) que cria o Imposto<br />

sobre Produtos Industrializados (IPI) Ver<strong>de</strong>.<br />

Regulamentado no dia 26 <strong>de</strong> março,<br />

o programa é uma expansão do antigo<br />

Rota 2030, criado em 2018 e já extinto.<br />

As isenções direcionadas para a <strong>de</strong>scarbonização<br />

dos setores <strong>de</strong> transporte<br />

e logística no Brasil <strong>de</strong>vem chegar a R$<br />

3,5 bilhões em <strong>2024</strong>, R$ 3,8 bilhões em<br />

2025, R$ 3,9 bilhões em 2026, R$ 4 bilhões<br />

em 2027 e R$ 4,1 bilhões em 2028. A expectativa<br />

é somar mais <strong>de</strong> R$ 19 bilhões<br />

em créditos financeiros ao término do<br />

projeto i<strong>de</strong>alizado pelo Ministério do<br />

Desenvolvimento, Indústria, Comércio e<br />

Expectativa é<br />

somar mais <strong>de</strong><br />

R$ 19 bilhões<br />

em créditos<br />

financeiros com<br />

o novo regime<br />

automotivo<br />

Ricardo Bastos, da GWM e ABVE: amadurecimento do mercado brasileiro <strong>de</strong> eletromobilida<strong>de</strong> e confiança em novas tecnologias<br />

Serviços (MDIC), sob o comando do vicepresi<strong>de</strong>nte<br />

Geraldo Alckmin.<br />

“O Brasil está atrasado. Países que<br />

estão fazendo a transição para os carros<br />

elétricos já investem em infraestrutura<br />

e produção há mais tempo”, situa Carlos<br />

Murilo Moreno, professor <strong>de</strong> marketing<br />

da ESPM e especialista em automotive<br />

business. Os investimentos inci<strong>de</strong>m principalmente<br />

no fomento <strong>de</strong> pesquisas<br />

para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos. Novos<br />

regramentos, realocação <strong>de</strong> plantas<br />

industriais estrangeiras no Brasil, produção<br />

e difusão <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> propulsão<br />

<strong>de</strong> baixo carbono também integram<br />

a política automotiva, que promete atrair<br />

players nacionais e internacionais.<br />

O Mover contempla ainda a medição<br />

<strong>de</strong> emissões <strong>de</strong> carbono em todo o ciclo<br />

da fonte <strong>de</strong> energia. Vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a colheita,<br />

no caso do etanol, ou a composição das<br />

baterias, consi<strong>de</strong>rando os veículos elétricos,<br />

até o uso e <strong>de</strong>scarte do veículo. A<br />

previsão é diminuir em 50% as emissões<br />

<strong>de</strong> carbono até 2030.<br />

AltA voltAgem<br />

A <strong>de</strong>cisão da Europa <strong>de</strong> proibir a venda<br />

<strong>de</strong> carros novos movidos a combustíveis<br />

fósseis a partir <strong>de</strong> 2035 apressa <strong>de</strong>cisões<br />

no momento em que a socieda<strong>de</strong> cobra<br />

<strong>de</strong> empresas e governos uma postura<br />

mais responsável com o meio ambiente.<br />

“Isso explica o porquê <strong>de</strong> tantos países<br />

perceberam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incentivar<br />

novas tecnologias”, comenta Ricardo<br />

Bastos, diretor <strong>de</strong> assuntos institucionais<br />

da GWM Brasil e presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).<br />

Sem escapamentos, que emitem os<br />

gases provenientes da queima <strong>de</strong> combustível,<br />

os elétricos “têm uma eficiência<br />

energética <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 75%, muito acima<br />

dos 20% a 30% do tradicional motor a<br />

combustão”, compara Bastos. Para o professor<br />

Carlos Murilo Moreno, “a corrida<br />

tão repentina no Brasil po<strong>de</strong> ser consequência<br />

da criação do Mover”, avalia.<br />

Coincidência ou não, “<strong>de</strong> repente, uma<br />

empresa como a Chevrolet, que no fim do<br />

ano passado foi alvo <strong>de</strong> rumores sobre<br />

um suposto encerramento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

no país, a exemplo da Ford, também<br />

anuncia novos recursos”, repara Moreno.<br />

A Volkswagen pega carona no movimento.<br />

“É o terceiro maior grupo do<br />

mundo em vendas <strong>de</strong> veículos elétricos,<br />

com mais <strong>de</strong> 770 mil unida<strong>de</strong>s comercializadas<br />

em 2023”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> Lívia Kinoshita,<br />

head <strong>de</strong> marketing e comunicação da<br />

Volkswagen do Brasil e América do Sul.<br />

Segundo a executiva, o avanço da eletrificação<br />

ocorrerá em ritmos diferentes nos<br />

Estados Unidos, China, Europa e América<br />

do Sul. “Mas, assim que a infraestrutura<br />

<strong>de</strong> abastecimento estiver consolidada,<br />

jornal propmark - <strong>15</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> 17

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