edição de 15 de abril de 2024
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mercado<br />
Divulgação<br />
Gramado Summit <strong>de</strong>bate inovação,<br />
IA, criativida<strong>de</strong> e creator economy<br />
Evento reuniu <strong>15</strong> mil participantes, cerca <strong>de</strong> 500 expositores e 400<br />
palestrantes durante três dias, com conteúdos divididos em <strong>de</strong>z trilhas<br />
Carolina Vilela<br />
– <strong>de</strong> Gramado<br />
Inteligência artificial, inovação, criativida<strong>de</strong>,<br />
empreen<strong>de</strong>dorismo feminino<br />
e mundo geek foram alguns dos<br />
principais temas que permearam a<br />
Gramado Summit, que ocorreu entre os<br />
últimos dias 10 e 12, em Gramado (RS).<br />
Durante os três dias, os <strong>15</strong> mil participantes,<br />
<strong>de</strong> 23 estados brasileiros e<br />
divididos entre 500 expositores e 400<br />
palestrantes, se espalharam pelo Centro<br />
<strong>de</strong> Feiras Serra Park, para assistir painéis<br />
<strong>de</strong> temas ligados a tecnologia, startups,<br />
comunicação, vendas, indústria, transformação<br />
digital, saú<strong>de</strong> e li<strong>de</strong>ranças, entre<br />
outros assuntos, que foram divididos em<br />
<strong>de</strong>z trilhas <strong>de</strong> conteúdo e sete palcos.<br />
Assim como nos outros anos, a edição<br />
<strong>de</strong> <strong>2024</strong> começou com o keynote <strong>de</strong> Marcus<br />
Rossi, CEO e fundador da Gramado<br />
Summit, apresentado pelo mestre <strong>de</strong> cerimônia,<br />
o humorista Rafael Cortez.<br />
“Faz sete anos que eu subo nesse palco<br />
e tenho a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entregar<br />
um evento maior e melhor, que traz um<br />
resultado muito legal. Gramado é conhecida<br />
como a terra do chocolate, fondue<br />
e nós colocamos a inovação nessa lista.<br />
Esse é um dos maiores eventos <strong>de</strong> inovação<br />
do país e ele é feito por 13 pessoas<br />
que têm muito orgulho do que se tornou<br />
a Gramado Summit”, afirmou.<br />
Inovação foi o tema recorrente em<br />
diversos painéis, como na palestra <strong>de</strong><br />
Helena Bertho, diretora <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong><br />
e inclusão da Nubank, sob o tema ‘Construindo<br />
o futuro: inovação, propósito e<br />
impacto’, que convidou as pessoas presentes<br />
no auditório do palco principal a<br />
refletirem sobre a realida<strong>de</strong> do país e os<br />
dilemas que isso traz para as conversas<br />
sobre mudanças.<br />
Logo no início, a executiva afirmou<br />
que não daria a resposta para os problemas<br />
e que a intenção era que as pessoas<br />
saíssem da sala com mais dúvidas<br />
do que respostas. “Eu não vim aqui para<br />
trazer o passo-a-passo da inovação, as regras<br />
<strong>de</strong> ouro, dicas etc. Particularmente,<br />
eu não necessariamente acredito que as<br />
receitas se aplicam a todas as pessoas e<br />
todos os negócios e, quando a gente fala<br />
<strong>de</strong> inovação, é fundamental enten<strong>de</strong>r<br />
que existem caminhos que são singulares”,<br />
explicou Helena.<br />
Por meio <strong>de</strong> uma breve dinâmica envolvendo<br />
perguntas simples, como quem<br />
tinha smartphone e cartão <strong>de</strong> crédito, o<br />
público foi convidado a refletir sobre o<br />
fato <strong>de</strong> que quase 100% das pessoas sentadas<br />
no auditório faziam parte <strong>de</strong> 2,34%<br />
da população brasileira. A “brinca<strong>de</strong>ira”<br />
foi a maneira que Helena encontrou <strong>de</strong><br />
convidar as pessoas a olharem para o<br />
momento presente antes <strong>de</strong> pensarem<br />
em i<strong>de</strong>ias para o futuro.<br />
“Nós temos <strong>de</strong> ter senso crítico e<br />
questionar as coisas que estão postas,<br />
o que estamos vendo e quais são as soluções,<br />
mas, para isso, precisamos estar<br />
conectados com a realida<strong>de</strong> e estar próximo<br />
das pessoas. Se nossos avanços tecnológicos<br />
não estiverem servindo para<br />
ter um mundo mais igualitário, justo e<br />
acessível para todas as pessoas, então<br />
esse avanço não serve para muita coisa”,<br />
finalizou Helena.<br />
O palco principal também foi ocupado<br />
por Erico Borgo, nome conhecido no<br />
mundo geek por se tratar do fundador<br />
da Omelete e cocriador da CCXP no Brasil.<br />
No evento, o empresário usou seu espaço<br />
para falar sobre o uso <strong>de</strong> inteligência<br />
artificial no mercado.<br />
Em “Não seja instinto! Criativida<strong>de</strong><br />
contra o apocalipse das IAs”, Borgo retratou<br />
a inovação em diversos momentos,<br />
afirmando que sempre que uma nova<br />
tecnologia aparece, ela assusta.<br />
“Nós estamos na era das IAs, que são<br />
bem diferentes daquelas que nós assistíamos<br />
nos cinemas. Não estamos lidando<br />
com aquelas tecnologias da ficção que<br />
sabiam que existiam e, por isso, causaram<br />
problemas. Hoje, estamos enfrentando<br />
a IA generativa, que são técnicas”,<br />
explicou o fundador da Omelete.<br />
“O trabalho <strong>de</strong><br />
emocionar é, e<br />
continuará sendo,<br />
humano, não <strong>de</strong><br />
máquinas”<br />
O uso <strong>de</strong>ssa tecnologia tem se expandido<br />
<strong>de</strong> acordo com a evolução do<br />
mercado tecnológico e, hoje, já é possível<br />
criar imagens, ví<strong>de</strong>os, pessoas, vozes<br />
feitas 100% através <strong>de</strong>ssas plataformas.<br />
Mas se por um lado, muitos encaram esses<br />
feitos como algo criativo, Borgo tem<br />
uma outra visão sobre o assunto.<br />
Para ele, não é possível chamar <strong>de</strong><br />
“criativo” algo que reproduz e cria a partir<br />
do que as pessoas colocam à disposição.<br />
Falando sobre as preocupações envolvendo<br />
o mercado <strong>de</strong> trabalho, o empresário<br />
afirmou que, em algum momento,<br />
todas as profissões serão impactadas<br />
pela tecnologia, mas que as pessoas precisam<br />
lembrar o que as diferenciam das<br />
28 <strong>15</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark