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edição de 15 de abril de 2024

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mercado<br />

Fotos: Divulgação<br />

Pablo Toledo, da BYD: preparada, e à frente Carla Sá, da Asia: preferência por mo<strong>de</strong>los plug-in Christiano Bock, da AlmapBBDO: mudança não é rápida<br />

teremos a vantagem <strong>de</strong> nossa matriz<br />

energética ser limpa”, emenda.<br />

A Stellantis, dona das marcas Fiat,<br />

Jeep, Peugeot, Citroën e RAM, também se<br />

preparou para aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong>mandas e regulamentações<br />

com produtos elétricos ou<br />

híbridos. “Cada país ou região possui características<br />

únicas, incluindo a legislação<br />

e a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> traçar a própria<br />

rota tecnológica para <strong>de</strong>scarbonização”,<br />

consi<strong>de</strong>ra Emanuele Cappellano, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Stellantis para América do Sul.<br />

Até 2030, todos os carros da empresa<br />

vendidos na Europa serão elétricos. A<br />

Stellantis projeta um índice <strong>de</strong> 50% nos<br />

Estados Unidos e <strong>de</strong> 20% no Brasil, on<strong>de</strong><br />

a eletrificação <strong>de</strong>ve avançar na forma<br />

<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los híbridos, combinando propulsão<br />

elétrica e etanol. “É uma solução<br />

inteligente, que se apoia em uma vantagem<br />

competitiva nacional, a gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> produção e distribuição <strong>de</strong><br />

etanol, que é <strong>de</strong> baixo impacto no meio<br />

ambiente”, afirma Cappellano.<br />

A <strong>de</strong>scarbonização das operações<br />

<strong>de</strong>ve ocorrer até 2038 e reduzirá as emissões<br />

pela meta<strong>de</strong> já em 2030. “O Brasil<br />

caminha para se transformar em um<br />

mercado <strong>de</strong> carros híbridos, com motor<br />

a gasolina e álcool”, valida Carlos Murilo<br />

Moreno, da ESPM.<br />

Quem já nasceu na revolução ver<strong>de</strong><br />

indica o caminho. Os chineses dirigem<br />

sem se preocupar com limites <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>.<br />

“A BYD se sente absolutamente<br />

preparada, e à frente. Traz a vantagem<br />

<strong>de</strong> ter o DNA da mobilida<strong>de</strong> movida a<br />

energia limpa”, ressalta Pablo Toledo,<br />

diretor <strong>de</strong> comunicação e marketing da<br />

companhia chinesa, que só produz mo<strong>de</strong>los<br />

elétricos e híbridos plug-in.<br />

“O peso-pesado da questão é o apetite<br />

dos chineses para fazer e ven<strong>de</strong>r carros<br />

no Brasil”, atenta Moreno. Segundo o<br />

especialista, a cada quatro carros vendidos<br />

na China, um é elétrico. Mas o campeão<br />

mundial <strong>de</strong> vendas li<strong>de</strong>ra também<br />

o ranking <strong>de</strong> poluição. “Daí a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> colocar carros elétricos nas ruas. Sem<br />

contar que, para eles, o elétrico é vantagem<br />

porque já está pronto, é só colocar<br />

no navio e mandar”, esclarece Moreno.<br />

ForçA motriz<br />

Eletrificação passou a ser diferencial<br />

competitivo. “Os fabricantes vêm acelerando<br />

os esforços na redução e eliminação<br />

da pegada <strong>de</strong> carbono, cumprindo<br />

com a sua obrigação para com as futuras<br />

gerações, e em consonância com os protocolos<br />

assinados junto à ONU”, confirma<br />

Márcio <strong>de</strong> Lima Leite, presi<strong>de</strong>nte da Associação<br />

Nacional dos Fabricantes <strong>de</strong> Veículos<br />

Automotores (Anfavea) e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

sênior <strong>de</strong> relações institucionais<br />

e jurídico da Stellantis South America.<br />

Recor<strong>de</strong> na história do setor automotivo,<br />

os investimentos empenhados<br />

na transição energética pressionam fabricantes<br />

globais. O Brasil sai na frente.<br />

Mais <strong>de</strong> 85% da energia é gerada por fontes<br />

renováveis, como eólica e solar. Além<br />

<strong>de</strong> etanol e biodiesel, a experiência em<br />

biocombustíveis inclui alternativas já em<br />

curso com o biogás, HVO (hydrotreated<br />

vegetable oil, ou óleo vegetal hidrotratado)<br />

e hidrogênio ver<strong>de</strong>.<br />

A frota <strong>de</strong> veículos leves equipada<br />

com motores flex é outro privilégio. Rota<br />

tecnológica <strong>de</strong>fendida pela Anfavea, a<br />

eletrificação tem no etanol um aliado<br />

por meio <strong>de</strong> células combustível. “Pelos<br />

nossos cálculos <strong>de</strong> emissões do poço<br />

à roda, a utilização <strong>de</strong> etanol em nossa<br />

frota circulante significa, em termos <strong>de</strong><br />

emissões <strong>de</strong> CO2, o mesmo que oito milhões<br />

<strong>de</strong> carros puramente elétricos rodando<br />

em nossas ruas”, estima Leite.<br />

BYD passou<br />

a Tesla no fim<br />

<strong>de</strong> 2023 e é a<br />

maior marca <strong>de</strong><br />

carros elétricos<br />

do mundo<br />

Embora as vendas <strong>de</strong> 22,5 mil eletrificados<br />

representem 7,3% do total no primeiro<br />

bimestre <strong>de</strong> <strong>2024</strong>, a participação<br />

é crescente e veloz. “Louvamos aquelas<br />

que estão investindo em fábricas no<br />

país, que trazem empregos, novas tecnologias,<br />

competitivida<strong>de</strong> ao mercado e<br />

a<strong>de</strong>nsamento da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> fornecedores”,<br />

reconhece Leite.<br />

De acordo com a ABVE, o Brasil emplacou<br />

93.927 veículos leves eletrificados<br />

em 2023, alta <strong>de</strong> 91% em relação a 2022.<br />

São Paulo li<strong>de</strong>ra o ranking com vendas <strong>de</strong><br />

32.787 mo<strong>de</strong>los no ano passado, ou 35%<br />

do total, seguido por Rio <strong>de</strong> Janeiro (6.901<br />

– 7,3%), Minas Gerais (6.413 – 6,8%) e Distrito<br />

Fe<strong>de</strong>ral (6.401 – 6,8%). Em fevereiro<br />

<strong>de</strong> <strong>2024</strong>, foram emplacados 10.451 carros<br />

eletrificados, a melhor marca para o mês<br />

na série histórica apurada pela entida<strong>de</strong>,<br />

com aumento <strong>de</strong> 143% ante o mesmo<br />

mês do ano passado.<br />

Os principais tipos <strong>de</strong> eletrificados são<br />

o EV (electric vehicle, ou veículo elétrico),<br />

equipado com um ou mais motores elétricos<br />

abastecidos por baterias ou célula<br />

<strong>de</strong> combustível; BEV (batery electric vehicle,<br />

ou elétrico a bateria), que precisa <strong>de</strong><br />

recarga externa em tomada; HEV (hybrid<br />

electric vehicle, ou elétrico híbrido), que<br />

combina motor a combustão e unida<strong>de</strong>s<br />

elétricas; PHEV (plug-in hybrid electric<br />

vehicle, ou híbrido plugável), que necessita<br />

<strong>de</strong> recarga externa das baterias em<br />

tomadas ou eletropontos; e MHEV (mild<br />

hybrid electric vehicle, ou híbrido leve),<br />

que utiliza um motor elétrico a bateria<br />

para apoiar a propulsão convencional a<br />

gasolina ou diesel.<br />

velozes e Furiosos<br />

Os chineses puxam o comboio. A BYD<br />

(Build your dreams) li<strong>de</strong>ra o emplacamento<br />

<strong>de</strong> veículos elétricos hoje no país.<br />

Dados da ABVE mostram que a marca<br />

abocanhou fatia <strong>de</strong> 42,37% do mercado<br />

em fevereiro, performance puxada pelos<br />

mo<strong>de</strong>los Song Plus GS DM (PHEV) e Dolphin<br />

GS 180 EV (BEV).<br />

No mesmo mês, a marca anunciou<br />

o BYD Dolphin Mini, no ‘Domingão com<br />

Huck’, seguido <strong>de</strong> ações no ‘Jornal nacional’<br />

e na novela ‘Renascer’, todos da TV<br />

Globo. O preço foi anunciado em live com<br />

Luciano Huck. “Mais <strong>de</strong> seis mil pessoas<br />

reservaram o carro pelo Mercado Livre<br />

sem sequer saber o valor do Dolphin<br />

Mini, em uma sinalização <strong>de</strong> confiança”,<br />

lembra o diretor <strong>de</strong> comunicação e<br />

marketing da BYD, Pablo Toledo.<br />

O elétrico da marca é capaz <strong>de</strong> rodar<br />

400 quilômetros com R$ 30, uma das<br />

maiores eficiências energéticas do mercado.<br />

Vem ainda com tela multimídia<br />

giratória, câmera 360°, ajuste elétrico do<br />

banco do motorista, carregador <strong>de</strong> celu-<br />

18 <strong>15</strong> <strong>de</strong> <strong>abril</strong> <strong>de</strong> <strong>2024</strong> - jornal propmark

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