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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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8 Capítulo 1: Introdução<br />

conjunto ou subconjunto de da<strong>do</strong>s e a incapacidade de obter informação detalhada acerca <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> de um determina<strong>do</strong> serviço através de um canal de acesso que não aquele em que o serviço<br />

foi inicia<strong>do</strong>, constituem alguns factos reais ilustrativos da falta de interoperabilidade que<br />

genericamente ainda persiste na AP portuguesa.<br />

Os próprios profissionais da Administração reconhecem a existência de falta de<br />

interoperabilidade entre os diferentes organismos públicos. Cada organismo ainda actua de forma<br />

autónoma e independente, constituin<strong>do</strong> verdadeiros silos organizacionais. Como reflexo disso<br />

mesmo, e em consequência, conforme já foi referi<strong>do</strong>, da forma introspectiva como os sistemas<br />

foram desenvolvi<strong>do</strong>s ao longo de décadas, os seus sistemas constituem também silos tecnológicos<br />

entre os quais não existe ainda capacidade de interoperar, ou seja, entre os quais não existe ainda<br />

capacidade de, sem um esforço significativo, conseguir fazer com que esses sistemas — que foram<br />

desenvolvi<strong>do</strong>s de forma isolada e independente e sem as devidas preocupações de interoperação<br />

futura, que são tecnologicamente heterogéneos e que operam de forma totalmente autónoma —<br />

consigam trocar informação e utilizar essa informação com vista a alcançar um propósito específico,<br />

que, em grande parte <strong>do</strong>s casos, será o de prestar um serviço de forma integrada ao cidadão.<br />

Apesar de to<strong>do</strong> o momentum cria<strong>do</strong> em torno da questão da interoperabilidade, não tem si<strong>do</strong><br />

fácil, porém, concretizar este tipo de iniciativas e conseguir melhorar os níveis de interoperabilidade<br />

entre os sistemas de informação da Administração Pública.<br />

Esta constatação suscita de imediato algumas questões — que têm vin<strong>do</strong> aliás a ser também<br />

insistentemente colocadas na generalidade <strong>do</strong>s trabalhos publica<strong>do</strong>s na literatura sobre esta<br />

temática — nomeadamente porque motivo são estas iniciativas tão complexas, porque são tão<br />

difíceis de gerir e o que é que as torna num desafio tão grande e faz com que sejam projectos com<br />

uma elevada probabilidade de falha.<br />

Foi precisamente esta constatação e estas dúvidas que estiveram na génese da formulação<br />

<strong>do</strong> problema que norteou o desenrolar de to<strong>do</strong> este projecto de <strong>do</strong>utoramento, problema esse que<br />

será aborda<strong>do</strong> com mais detalhe na secção seguinte.<br />

1.2 Problema e Propósito de Investigação<br />

Como acabou de se expor, a generalidade <strong>do</strong>s responsáveis pelos SI da Administração<br />

Pública são hoje confronta<strong>do</strong>s com o desafio de participar, conduzir e gerir de forma bem sucedida

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