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Governo Electrónico - Universidade do Minho

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Capítulo 6: Entrevistas 477<br />

os objectivos, as motivações e os interesses particulares e específicos <strong>do</strong>s organismos são<br />

diferentes‖ e muitas vezes, como observou o perito P9, difíceis de conseguir articular e acomodar<br />

entre si.<br />

Segun<strong>do</strong> o perito P29, a questão da existência de conflito de interesses e das suas<br />

consequências tem si<strong>do</strong> perfeitamente perceptível, por exemplo, no projecto factura electrónica.<br />

Como revelou o perito (veja-se com mais detalhe a passagem apresentada no Extracto 6.104), é<br />

notório que, apesar de to<strong>do</strong>s os organismos reconhecerem a importância global desta iniciativa, os<br />

interesses próprios e as necessidades intrínsecas de cada organismo têm coloca<strong>do</strong> sérias<br />

dificuldades ao desenrolar <strong>do</strong> projecto.<br />

**P29**<br />

( ) no caso da factura (.) o que acontece é:: (.) claramente cada um <strong>do</strong>s organismos tem<br />

noção de que é fundamental a:: fundamental chegarem a um consenso e a um entendimento<br />

sobre sobre a factura (.) mas cada um deles tem um objectivo diferente (.) e por exemplo a::<br />

as finanças (.6) têm si<strong>do</strong> (.) não queria usar o termo força de bloqueio (.) mas:: hm:: (2.6)<br />

mas são normalmente portanto o ministério enfim o ministério das das finanças tem coloca<strong>do</strong><br />

entraves sobre entraves sobre entraves sobre entraves sobre a questão da factura electrónica<br />

(.6) a::: (.8) o que obviamente diria que eles podem perceber que no limite (.) de facto a<br />

factura é benéfica no no to<strong>do</strong> (.) mas para os para os objectivos que têm a curto e médio<br />

prazo (.) não é (.) a factura não lhes traz benefício nenhum (.6) portanto entravam (.) e ao (.)<br />

e basta um organismo [(.) basta um organismo com peso entravar não é (.)<br />

**Inv**<br />

[Pois<br />

**P29**<br />

portanto aquilo fica tu<strong>do</strong> (.) fica tu<strong>do</strong> (.) para<strong>do</strong> (.4) portanto resulta<strong>do</strong> nós andamos:: (1.0)<br />

enfim to<strong>do</strong> este ecossistema da factura anda há três ou quatro anos (.4) com determinações<br />

(.) obrigan<strong>do</strong> a:: que é obrigatório (.) com pilotos que é obrigatório (.) e com uma série de<br />

gente aí comprometida empenhada com guias de interoperabilidade da factura (.) portanto<br />

em que existe tu<strong>do</strong> não é (.) mas por causa de um ou <strong>do</strong>is organismos que são fundamentais<br />

(.4) pára completamente<br />

Também os conflitos decorrentes das lutas de poder e protagonismo, conforme foi reporta<strong>do</strong><br />

na subsecção anterior deste <strong>do</strong>cumento, referente à força Perturbações na Autonomia, Poder e<br />

Prestígio <strong>do</strong>s Organismos, podem ser perniciosos para as iniciativas de interoperabilidade. A<br />

vontade e interesse normalmente manifesta<strong>do</strong>s por cada organismo em querer ser quem fica com<br />

os ―louros‖ e com o protagonismo, ou quem, como referiu o perito P12, ―se vai pôr em bicos de<br />

pés‖, ou ―quem vai mandar‖, como apontou o perito P36, podem constituir fontes de enorme<br />

perturbação.<br />

Extracto 6.104

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