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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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adjacentes (uma com os traços [-aberto3] e outra com [+aberto1]) ou uma vogal átona ([-<br />

aberto3]) seguida por uma vogal tônica (tenha o traço [-aberto3] ou o traço [+aberto1]),<br />

corroborando os da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> Bisol e Tenani. No entanto, ao contrário das autoras, conclui-se, por<br />

meio <strong>dos</strong> exemplos apresenta<strong>dos</strong>, que a ditongação não é possível em nenhum contexto em que a<br />

primeira vogal seja acentuada.<br />

Já com relação ao processo <strong>de</strong> elisão, pô<strong>de</strong>-se observar, primeiramente, que <strong>no</strong>s da<strong>dos</strong> <strong>de</strong><br />

Bisol (1996, 2002, 2003) há ocorrência <strong>de</strong> elisão da vogal /a/. Esta elisão é, <strong>no</strong> entanto, bloqueada<br />

quando a vogal que suce<strong>de</strong> /a/ receber acento <strong>de</strong> sintagma fo<strong>no</strong>lógico. Em segundo lugar,<br />

observou-se que Abaurre et alii (1999), Veloso (2003), Komatsu & Santos (2005) e Santos<br />

(2007) analisam da<strong>dos</strong> em que há elisão, também, da vogal /u/ e /o/ em final <strong>de</strong> palavra, sendo<br />

que o processo obe<strong>de</strong>ce às mesmas restrições prosódicas observadas na elisão <strong>de</strong> /a/. Foram<br />

observadas, <strong>no</strong>s da<strong>dos</strong> coleta<strong>dos</strong> para a formação do corpus <strong>de</strong>sta dissertação, ocorrências tanto<br />

<strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> /a/ como <strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> /u/ e /o/.<br />

Observou-se, ainda, que Brescancini & Barbosa (2005) apresentam da<strong>dos</strong> com a elisão da<br />

vogal média /e/ (compreen<strong>de</strong>ndo as realizações [e] e [i] - <strong>no</strong>s dialetos do sul do Brasil), em<br />

fronteira <strong>de</strong> palavra. De acordo com os da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong>, as autoras observaram que<br />

seqüências com clíticos termina<strong>dos</strong> em /e/ mais palavra iniciada por [ ], compartilhando o traço<br />

coronal, constituíam o contexto mais favorecedor ao apagamento <strong>de</strong> /e/, além <strong>de</strong> o acento<br />

primário na segunda vogal do contexto, quando em item lexical como é, era, ela, não ser<br />

bloqueador do processo.<br />

No entanto, foi observado para os da<strong>dos</strong> do falar da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo que o<br />

apagamento <strong>de</strong> [i] ocorre apenas quando as consoantes que antece<strong>de</strong>m essas vogais forem<br />

/ & %/. Buscou-se, então, a análise pela geometria <strong>de</strong> traços para <strong>de</strong>screver essas ocorrências.<br />

Assim, foi observado que a elisão <strong>de</strong> [i] ocorre quando as consoantes que a antece<strong>de</strong>m têm os<br />

mesmos traços da vogal, exceto aqueles traços que são subspecifica<strong>dos</strong> na vogal (como o<br />

[anterior], [distribuído] e o [laringal]) e os traços do conjunto <strong>de</strong> nó raiz, consi<strong>de</strong>rando-se a<br />

análise <strong>de</strong> que o traço [lateral], na representação em árvore <strong>dos</strong> traços fo<strong>no</strong>lógicos, está sob o nó<br />

raiz.<br />

No capítulo que segue, apresenta-se uma análise a respeito do uso <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> elisão,<br />

ditongação e <strong>de</strong>geminação.<br />

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