17.04.2013 Views

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O ponto <strong>de</strong> interrogação antes <strong>de</strong> cada exemplo <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que a ocorrência <strong>de</strong><br />

ditongação nesses casos causa certa estranheza, apesar <strong>de</strong> as autoras supracitadas afirmarem que<br />

a ditongação é possível com a combinação <strong>de</strong> vogal tônica seguida por vogal átona diferente da<br />

primeira. O processo po<strong>de</strong> estar restrito a questões dialetais e <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fala.<br />

Pô<strong>de</strong>-se observar, nas tabelas acima, que a ditongação ocorre quando a vogal que será<br />

reduzida a gli<strong>de</strong> for átona. Nos casos em que há uma vogal tônica [-aberto3] seguida ou precedida<br />

por vogal átona [+aberto1], o processo não ocorre; apesar <strong>de</strong> Bisol e Tenani dizerem que sim para<br />

os casos com vogal tônica [+aberto1] seguida por vogal átona [-aberto3]. Isso po<strong>de</strong> ser explicado<br />

pelo fato <strong>de</strong> uma vogal com acento possuir mais so<strong>no</strong>rida<strong>de</strong> do que uma vogal sem acento (cf.<br />

Bisol 1999), assim, a vogal tônica [-aberto3] não po<strong>de</strong>ria tornar-se um gli<strong>de</strong>, já que ocuparia uma<br />

posição nuclear (e vogal com o traço [+aberto1], ou seja, /a/, não po<strong>de</strong> se tornar um gli<strong>de</strong>). Nos<br />

casos em que há uma vogal átona [-aberto3] e uma tônica, com o mesmo traço aberto, há<br />

ocorrência do processo porque a vogal átona se converte em gli<strong>de</strong> e a vogal que porta o acento se<br />

mantém como núcleo da sílaba.<br />

3.2.2 Da<strong>dos</strong> do corpus <strong>de</strong>sta dissertação<br />

Como dito <strong>no</strong> capítulo anterior, os da<strong>dos</strong> do corpus experimental <strong>de</strong>sta dissertação são<br />

forma<strong>dos</strong> por seqüências <strong>de</strong> vogais átonas.<br />

Como foi observado na seção sobre a elisão, houve a ocorrência <strong>de</strong> ditongação, ao invés<br />

<strong>de</strong> elisão, em algumas sentenças cujo contexto analisado começava com [u] (cf. a tabela 14 da<br />

seção 3.1.2.1). Nas sentenças a seguir, houve ditongação entre V1 e V2:<br />

(132) [Vinhedo] [e Itu] são cida<strong>de</strong>s próximas [" ] são cida<strong>de</strong>s próximas.<br />

(133) [Paulo] [e Ivã] são <strong>no</strong>mes masculi<strong>no</strong>s [ " ] são <strong>no</strong>mes masculi<strong>no</strong>s.<br />

(134) Eu conheço a usina hidrelétrica <strong>de</strong> Itaipu<br />

eu [ ! ] <strong>de</strong> Itaipu.<br />

(135) Eu conheço a usina eu [ ! ].<br />

86

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!