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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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Observe-se agora se é possível capturar o processo, se o traço [lateral] for anexado ao nó<br />

raiz, conforme a representação em (105). Neste caso, a consoante /l/ per<strong>de</strong> a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> com a<br />

vogal /i/, que é marcada [-lateral] <strong>no</strong> nó raiz. Como o traço [lateral] não está abaixo do nó<br />

coronal, ele é consi<strong>de</strong>rado ao se analisar a semelhança <strong>dos</strong> traços da vogal [i] com as consoantes.<br />

Uma vez que [i] é [-lateral] e /l/ é [+lateral], então a regra <strong>de</strong> apagamento não se aplica porque<br />

não há i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre os traços. Por outro lado, as consoantes / & %/ são [-laterais], e têm os<br />

mesmos valores abaixo do nó raiz que a vogal [i], o que permite a aplicação do processo.<br />

O fato <strong>de</strong> a elisão ser possível tanto na presença <strong>de</strong> consoantes vozeadas como na<br />

presença <strong>de</strong> consoantes não-vozeadas é explicado pelo traço [so<strong>no</strong>rante] <strong>de</strong> /i/. Uma vez que<br />

segmentos com o traço [+so<strong>no</strong>rante] são vozea<strong>dos</strong>, eles não precisam <strong>de</strong> marcação <strong>no</strong> nó laringal.<br />

Se para /i/ e /e/ não há marcação <strong>no</strong> nó laringal (nem negativa, nem positiva), então a regra aceita,<br />

para as consoantes, qualquer valor (positivo ou negativo).<br />

Assim, para que ocorra o processo fonético <strong>de</strong> apagamento <strong>de</strong> vogal [coronal], as<br />

consoantes que antece<strong>de</strong>m essa vogal <strong>de</strong>vem ter os mesmos traços <strong>de</strong>la, exceto aqueles traços que<br />

são subspecifica<strong>dos</strong> na vogal (como o [anterior], [distribuído] e o [laringal]) e os valores do<br />

conjunto <strong>de</strong> traços do nó raiz [so<strong>no</strong>rante], [aproximante] e [vocói<strong>de</strong>].<br />

Esta análise diz respeito aos contextos <strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> [i], diferenciando esse tipo <strong>de</strong><br />

apagamento da elisão <strong>de</strong> vogais [+posteriores], <strong>no</strong>s termos da literatura existente. Esses da<strong>dos</strong><br />

mostram a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se reinterpretar a análise <strong>de</strong> Abaurre, Bisol, Veloso e Santos <strong>de</strong> que a<br />

elisão ocorre com vogais [+posteriores] em termos <strong>de</strong> uma análise conjunta <strong>de</strong> vogais e<br />

consoantes na geometria <strong>de</strong> traços. Assim capturam-se os dois tipos <strong>de</strong> elisão que ocorrem: elisão<br />

com vogais dorsais (chamadas <strong>de</strong> [+posteriores] na literatura) e elisão com vogais [coronais].<br />

3.1.3.2 Contexto prosódico para a aplicação <strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> [coronal]<br />

As diferenças entre os contextos contendo vogal [dorsal] vs. vogal [coronal] não se<br />

restringem às características <strong>de</strong> traço <strong>dos</strong> segmentos adjacentes. Há, também, diferenças <strong>no</strong>s<br />

contextos prosódicos. Enquanto <strong>no</strong>s exemplos <strong>de</strong> elisão <strong>de</strong> vogais dorsais era possível elidir a<br />

vogal que estivesse diante <strong>de</strong> vogal acentuada que não fosse portadora do acento do sintagma<br />

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