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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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em contexto em que geralmente não é alçada, como em ‘o hotel’ ([ ]. Da mesma forma, a<br />

linha 7 refere-se ao contexto formado por /e/+/o/, <strong>no</strong> qual houve alçamento da primeira vogal,<br />

que se tor<strong>no</strong>u gli<strong>de</strong>, enquanto que /o/ foi produzido sem alçamento, como em Paulo e Otávio<br />

(paul[jo]távio). Assim, a explicação das ocorrências acima é dada, excluindo-se os da<strong>dos</strong> com [o]<br />

na segunda posição. Não houve, <strong>no</strong> entanto, contextos com vogal +/e/ (em V2 e V3) <strong>no</strong> corpus<br />

(como em a eficácia), <strong>de</strong> modo a verificar se a vogal /e/ seria alçada a [i] <strong>no</strong> mesmo contexto.<br />

Observa-se, pela tabela 54, que a aplicação da ditongação, levando-se em conta [a] na<br />

primeira posição, teve percentual mais alto quando a segunda vogal era a vogal reduzida [u], e<br />

não [i].<br />

Com relação aos da<strong>dos</strong> ([i]+[a] e [u]+[a], com [i] e [u] reduzi<strong>dos</strong>), po<strong>de</strong>-se observar que a<br />

aplicação da ditongação tem percentual mais alto nesses contextos. No entanto, o percentual <strong>de</strong><br />

aplicação da ditongação com [u] é um pouco mais baixo comparando-o com o percentual <strong>de</strong><br />

aplicação quando a primeira vogal é [i].<br />

Ora, a combinação [a] + vogal reduzida ([i] ou [u]) gera o que se conhece por ditongos<br />

<strong>de</strong>crescentes, enquanto que vogal reduzida ([i] ou [u]) + [a] gera o que se conhece por ditongos<br />

crescentes. Somando-se os contextos para ditongos crescentes vs ditongos <strong>de</strong>crescentes, tem-se:<br />

tabela 55: ocorrência <strong>de</strong> ditongação <strong>de</strong> acordo com a qualida<strong>de</strong> da vogal - entre V1 e V2 e V2 e V3<br />

Ditongação Ocorrência Total <strong>de</strong> da<strong>dos</strong> % <strong>de</strong> ocorrência<br />

Decrescente: [a] + [i]<br />

[a] + [u]<br />

Crescente: [i] + [a]<br />

[u] + [a]<br />

32 168 19,05<br />

102 196 52,04<br />

O que se po<strong>de</strong> concluir, a partir das tabelas 54 e 55, é que há uma forte preferência pelo<br />

ditongo crescente <strong>no</strong> dialeto <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Mas além <strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> acima, é necessária uma discussão sobre as sentenças<br />

que contêm contextos que po<strong>de</strong>m gerar tanto ditongos crescentes quanto <strong>de</strong>crescentes, ou seja,<br />

contextos com a combinação <strong>de</strong> [i]+[u] e [u]+[i]. Na tabela a seguir, po<strong>de</strong>-se observar a<br />

distribuição <strong>de</strong>sses da<strong>dos</strong> <strong>no</strong> corpus do experimento:<br />

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