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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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Porém, para Bisol, ditongo crescente (como em (122)) é sempre resultado <strong>de</strong> um processo<br />

que transformou um hiato [ ] em ditongo. Esse processo é a ditongação, que po<strong>de</strong> ocorrer<br />

quando duas vogais pertencentes a sílabas diferentes estiverem adjacentes (cf. capítulo 1).<br />

3.2.1 Contextos para a ditongação<br />

No nível pós-lexical, esse processo fo<strong>no</strong>lógico <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>vocálico</strong> <strong>exter<strong>no</strong></strong> converte duas<br />

sílabas <strong>de</strong> palavras diferentes em uma, ao tornar em gli<strong>de</strong> uma das vogais do contexto (cf. (124) a<br />

seguir). Se a primeira vogal tiver o traço [+aberto1] 48 (chamada vogal baixa) e a segunda tiver o<br />

traço [-aberto3] 49 (chamada vogal alta), esta se tornará um gli<strong>de</strong> ocupando a posição <strong>de</strong> coda e<br />

<strong>de</strong>ixando a primeira vogal na posição do núcleo, formando assim um ditongo <strong>de</strong>crescente (cf.<br />

(125)).<br />

(124) leque azul le[ ]zul<br />

(125) menina humil<strong>de</strong> meni[! ]mil<strong>de</strong><br />

O exemplo (125), acima, indica que o contexto da ditongação po<strong>de</strong>r ser idêntico ao<br />

contexto <strong>de</strong> elisão. Os da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong> por Bisol (1996) indicam que, apesar <strong>de</strong> a autora<br />

afirmar que ambos os <strong>processos</strong> são possíveis, não existindo uma relação <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m <strong>no</strong> sentido <strong>de</strong><br />

que um tenha priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação sobre o outro, a ditongação é o processo mais aplicado. 50<br />

Quando as duas vogais tiverem o traço [-aberto 3] (ou seja, forem altas, <strong>no</strong>s termos da<br />

literatura existente) Bisol afirma que a primeira se torna gli<strong>de</strong> e a vogal da direita é preservada <strong>no</strong><br />

núcleo (cf. (126) e (127) abaixo):<br />

(126) leque usado le[ ]sado<br />

(127) vejo estrelas ve[% ]trelas<br />

48<br />

De acordo com a geometria <strong>de</strong> traços (cf. capítulos 1 e 2).<br />

49<br />

I<strong>de</strong>m.<br />

50<br />

Cf. discussão <strong>no</strong> capítulo 4 <strong>de</strong>sta dissertação sobre o processo mais usado <strong>no</strong> falar <strong>de</strong> São Paulo.<br />

80

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