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Aspectos segmentais dos processos de sândi vocálico externo no ...

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(29) [[o joÃO] [viu a CAsa] ]I<br />

Há diversos trabalhos (Frota 1995; Abaurre 1996; Abousalh 1997; Tenani 2002; Santos<br />

2002; Sândalo & Truckenbrodt 2003) tratando <strong>de</strong> <strong>processos</strong> fo<strong>no</strong>lógicos <strong>no</strong> português (europeu<br />

e brasileiro), <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma análise prosódica. Abaixo são apresenta<strong>dos</strong> apenas alguns <strong>dos</strong><br />

resulta<strong>dos</strong>, representativos do fato <strong>de</strong> que to<strong>dos</strong> chegam à conclusão <strong>de</strong> que os domínios<br />

prosódicos são importantes para a caracterização do ritmo em português.<br />

Frota (1995), analisando <strong>processos</strong> fo<strong>no</strong>lógicos <strong>no</strong> português europeu, compara as<br />

<strong>de</strong>finições <strong>de</strong> sintagma fo<strong>no</strong>lógico e <strong>de</strong> sintagma entoacional e constata uma diferença<br />

importante entre os dois domínios: a <strong>de</strong>finição do sintagma entoacional dificilmente po<strong>de</strong> ser<br />

estabelecida em termos sintáticos e as variações na sua dimensão são <strong>de</strong>vidas a fatores <strong>de</strong><br />

natureza diversa, enquanto que as variações <strong>no</strong> sintagma fo<strong>no</strong>lógico são condicionadas<br />

sintaticamente.<br />

Para o português brasileiro, Abaurre (1996) discute a relevância do domínio do sintagma<br />

fo<strong>no</strong>lógico a partir da análise <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>exter<strong>no</strong></strong>: “o bloqueio a esses <strong>processos</strong><br />

ocorre quando o acento primário <strong>de</strong> palavra, atribuído <strong>no</strong> componente lexical, é também<br />

interpretado, pós-lexicalmente, como acento do sintagma fo<strong>no</strong>lógico, portador <strong>de</strong> informação<br />

sintática, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma hierarquia <strong>de</strong> proeminências prosódicas sintaticamente motivadas” (p.<br />

46).<br />

Abousalh (1997), por sua vez, apresenta evidências da relevância do domínio φ, ao tratar<br />

sobre o processo <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> choque <strong>de</strong> acento <strong>no</strong> PB. A autora verifica que a retração <strong>de</strong><br />

acento só se dá da direita para a esquerda <strong>de</strong>ntro do sintagma fo<strong>no</strong>lógico.<br />

Analisando a relação <strong>dos</strong> <strong>processos</strong> <strong>de</strong> <strong>sândi</strong> <strong>vocálico</strong> e os domínios prosódicos, Tenani<br />

(2002) constata que nenhuma fronteira prosódica bloqueia o <strong>sândi</strong> <strong>vocálico</strong> <strong>exter<strong>no</strong></strong> em PB, mas<br />

vê em seus da<strong>dos</strong> uma concordância com o que foi verificado por Abaurre (1996): o fato <strong>de</strong> o<br />

acento do sintagma fo<strong>no</strong>lógico portar uma informação sintática relevante para a língua po<strong>de</strong> ser<br />

uma explicação para a não-ocorrência do <strong>sândi</strong>. Além disso, Tenani diz ser obrigatória a<br />

ocorrência do <strong>sândi</strong> <strong>de</strong>ntro do sintagma fo<strong>no</strong>lógico, cf. (30) e (31) a seguir:<br />

(30) [o pêssego amarelo] é mais gostoso o [ ]<br />

(31) [o pêssego amarelo] é mais gostoso * o [ ]<br />

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